terça-feira, 2 de maio de 2017

Neuroinflamação no Autismo e síndrome de Down


Encontrei esse artigo na internet , Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, mestre em nutrição humana, doutora em psicologia clínica e cultura, pós-doutora em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em Coaching e Yoga.

Achei bem interessante e compartilho com vocês .

A inflamação crônica do cérebro está associada a várias doenças neurológicas. O envelhecimento, por si só, está associado a maior vulnerabilidade de neurônios e contribui para a neuroinflamação.

A mesma parece ser um dos principais fatores de risco para doenças como Alzheimer e Parkinson (Orellana et al., 2015).

A neuroinflamação também é comum no autismo e seu controle parece beneficiar o comportamento destes indivíduos.

Um dos grandes avanços da neurociência foi a compreensão de que existe uma importante comunicação entre o sistema imune e o sistema nervoso central.

Para avaliar a neuroinflamação o tecido do cérebro (de animais) é submetido a vários tipos de análises imunohistoquímicas que avaliam marcadores de ativação da micróglia (Iba1), resposta astrocítica (GFAP), perda neuronal (NeuN or Fluorojade).

Também podem ser feitas análises de citocinas inflamatórias (TNF-alfa, interleucinas, quimiocinas, TGF-beta) (Monnet-Tschudi et al., 2011).

O TNF-alfa também pode ser analisado no plasma. Apesar de ser produzido em várias células e não só no cérebro pode indicar melhorias ou pioras em relação à neuroinflamação.

Alergias, intoxicações também podem aumentar o TNF-alfa os resultados devem ser analisados com cautela. A intoxicação por mercúrio, por exemplo, pode agravar a neuroinfmação e aumentar os níveis de TNF-alfa ( (Curtis et al., 2011).

A excreção de neurotransmissores também pode ser um dos parâmetros analisados durante a terapêutica.

Um estudo publicado em 2017 mostrou que a suplementação de Picnogenol reduziu os níveis urinários dos neurotransmissores dopamina, norepinefrina e epinefrina em pessoas com déficit de atenção (Verlaet et al., 2017).

E existem evidências de neuroinflamação nestes pacientes (Kern et al., 2015a), assim como em autistas (Kern et al., 2015b) e em indivíduos com Síndrome de Down (Wilcock & Griffin, 2013).

O picnogenol é extraído da casca do pinheiro marítimo francês. É um potente antioxidante e antiinflamatório, combatendo o estresse oxidativo em vários tecidos.

Tem sido utilizado no tratamento problemas hepáticos, asma, diabetes e na melhoria da função cognitiva (Rohdewald, 2015).

Para a redução da neuroinflamação deve-se investir na redução da inflamação de todo o corpo, começando-se pelo intestino (Daulatzai, 2014).

Assim, além do picnogenol, outros suplementos também vem sendo investigados, como curcumina, EGCG e probióticos.

A epigalocatequina galato (EGCG) do chá verde é outro composto bastante pesquisado para o alívio de diversas condições inflamatórias inclusive cerebrais (Peairs et al., 2010; Min et al., 2015).

Devido a seu potencial neuroprotetor a suplementação de EGCG vem sendo indicada por diversos pesquisadores (De la Torre et al., 2013; De la Torre et al., 2016Singh, Mandal & Khan, 2016).

Estudos mostram que o composto ativo da cúrcuma ou açafrão da terra,  a curcumina, diminui o risco de derrame cerebral e do mal de Alzheimer (Venigalla, Gyengesi & Münch, 2015). Fonte

Beijos  Simone Santiago Marques

Nenhum comentário:

Postar um comentário