domingo, 24 de agosto de 2014

Colaboradores Down no mercado de trabalho


No Post de hoje vamos falar sobre a pesquisa da McKinsey&Company em parceria com o Instituto Alana.

Em algum momento da vida de nossos filhos eles precisarão buscar um emprego. Um projeto que tenho já faz algum tempo, é atuar como voluntária na capacitação dos jovens e adultos Down para o mercado de trabalho. Minha intenção é iniciar com Down e depois expandir esse projeto para  todos com necessidades especiais. 

Creio que chegou a hora de iniciar o projeto, e neste fim de semana mandei vários e-mails para Associações, Federações, Senai perguntando sobre cursos de capacitação básica gratuitos para o mercado de trabalho. Estou buscando também o contato com ONGs para ver quais tem este projeto em andamento e se existe a possibilidade de estender o programa aqui no Paraná, aprender com quem já tem o caminho das pedras agiliza na fase inicial.

Tenho uma amiga na Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que deixou as portas abertas para tirar minhas dúvidas e verificar o que já existe que pode me ajudar no início deste trabalho.

Hoje temos uma lei que determina cotas mínimas para portadores com alguma necessidade especial. De acordo com a Lei 8.213/91, as empresas precisam contratar de acordo com a quantidade de funcionários. No Brasil 2% do quadro em empresas a partir de 100 de funcionários. Meu objetivo, depois de realizar a capacitação, é ir atrás das vagas que muitas vezes acabam não sendo preenchidas por falta de candidatos capacitados, e se possível acompanhar a adaptação na Empresa.

Nada é por acaso, montando a base do meu projeto encontrei uma pesquisa super interessante, que me motivou ainda mais a levar adiante essa iniciativa. Sou formada em Administração de Empresas e tenho especialização em Recursos Humanos, atividade que sempre amei e agora vou poder colocar em prática esse conhecimento. Para a pesquisa completa clique aqui 

Esta pesquisa apresenta algo que acredito e por isso me motiva a seguir adiante, preciso tentar mudar meu jeito super protetor ( e vou conseguir !!!).

Todos eles se sentem orgulhosos de suas atividades e se dedicam ao máximo a sua função. Esta dedicação ajuda na autoestima das pessoas Down e no clima das empresa. A dedicação e o orgulho por trabalhar e mostrar que é capaz, responsável é muito importante na vida de qualquer pessoa.

Dentre os pontos apresentados dois me chamaram a atenção, o primeiro é que faz bem  as pessoas Down receberem responsabilidades e ter o seu dinheiro e o outro serve como um puxão de orelha para aqueles que tem um a tendência de proteção excessiva é a dificuldade apresentada por aqueles que tem pais super protetores em se adaptar no ambiente de trabalho .

Não canso em repetir que a limitação quem coloca somos nós, devemos deixar nossos filhos desenvolverem suas aptidões e assim estaremos educando para o mundo. Sabemos que encontraremos pessoas com pouco entendimento e preconceito porém devemos ensinar nossos filhos a não se incomodar com isso e fazer o seu melhor.

Alguns depoimentos que servem como motivação para mim:
“Eu tenho muitas coisas para resolver no trabalho. Acho isso muito bom”
“O trabalho me traz amor, me traz felicidade. Quando eu não trabalho eu fico triste”
Colaborador com síndrome de Down

“O trabalho trouxe para minha filha o aumento da autoestima e vínculos pessoais. Ou seja, uma vida mais 
próxima do que identificamos como vida equilibrada, feliz” 
“Meu filho entrou no mundo da realidade. Fica perguntando quando vai ter um feriado”
“Hoje minha filha acredita que pode muito mais porque recebe dinheiro”
Familiar de colaborador com síndrome de Down


Como em tudo temos que ver os dois lados sempre, e para as empresas também existe uma melhoria no ambiente organizacional, na qualidade de seus lideres, nas habilidades dentro de equipes em administrar conflitos, ou seja os dois lados apresentam melhorias e ganhos.

“A nossa pessoa com síndrome de Down não é boa com as mãos, mas ela é muito boa para atendimento ao cliente. Ela é o nosso símbolo da loja. Todo mundo a conhece no bairro.” 
“Os clientes sentem falta daquela pessoa na loja. Quando chegam e não a veem, perguntam por ela”
“O atendimento e a simpatia dela são muito bons. É como se fosse a cara da loja. Ela é conhecida na vizinhança.”
Gerente de loja, rede de drogarias

“Todos nós sentimos falta da pessoa com Síndrome de Down quando ela está de férias.” 
Diretor geral, rede de supermercados

Quando eu olho pra ela, isso me motiva. Ela possui dificuldades e possui várias conquistas.” 
“Ele tem uma vida regrada. Se ele consegue, eu também tenho que conseguir”
Balconista, rede de drogarias

“Ele (pessoa com síndrome de Down) já é motivado por natureza e isso contagia os outros membros” 
Diretor de loja, rede de supermercados 


As empresas que estiverem dispostas a investir na contratação de profissionais com síndrome de Down devem ter clareza sobre alguns desafios a serem abordados.

O primeiro desafio é aprender a lidar com pessoas com síndrome de Down, que não tiveram a oportunidade de desenvolvimento por meio do convívio social, da participação em escolas regulares, da prática de exercícios físicos e lúdicos. Elas costumam apresentar um grande potencial muitas vezes inexplorado por falta de estímulos corretos e necessários para poderem adquirir e aprimorar suas habilidades.
A falta de qualificação profissional para funções específicas, comum entre as pessoas com síndrome de Down, gera o segundo desafio: criar oportunidade de crescimento para essas pessoas.

De acordo com o trabalho que deu origem a este documento, um programa bem-estruturado, que busca maximizar os ganhos mútuos e não negligencia as dificuldades é suficiente para transformar os desafios em benefícios. Como resultado, haverá um impacto positivo não apenas na empresa que trabalha com esse tipo de inclusão, mas também na sociedade de uma maneira mais ampla.

Quem tiver idéias para meu projeto estou a disposição !

                                             Obrigada       Simone Santiago Marques



2 comentários:

  1. Minha filha tem DI ela tem 17 anos e esta há 3 meses no jovem aprendiz e estamos super contentes.

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    1. Que legal!! Quero poder fazer a diferença, assim que eu conversar
      com o pessoal da Prefeitura , posto as novidades ! Beijos Simone

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