sexta-feira, 6 de junho de 2014

Fonoaudiologia - Cedae Apae



Hoje vamos falar sobre a Fonoaudiologia , a Terapia era realizada uma vez por semana no início , depois conseguimos mais um horário e passamos a ter dois atendimentos por semana, com a duração de 30 min.
 
A Profissional que nós atendia era a Águida Roberta de Camargo Sorano , o início da terapia nos bebês começa na prática do uso dos lábios, língua e músculos envolvidos na produção da fala.
 
A Amanda era incentivada a prestar atenção nos diferentes tipos de som e barulhos.
 
Após aprendeu a estalar a língua imitando o trote do cavalo, vibrar os lábios imitando o barulho do carro, jogar beijo fazendo bico com os lábios, assoprar.
 

A Amanda começou na mamadeira ainda na UTI, eu só tinha leite em um seio, então era necessário uma complementação. A Águida me explicou que os órgãos que usamos para comer são os mesmos que usamos para falar: lábios, língua, dentes, palato, etc.
 
 Por isso, a alimentação tem um papel importante no desenvolvimento da fala. Através dela podemos exercitar e estimular a musculatura da boca e da face.
 
 Assim, desde quando o bebê suga o seio materno ou a mamadeira (com furo pequeno no bico ortodôntico) os músculos estão sendo exercitados para a fala. O bico ortodôntico é o ideal, pois permite que o aleitamento artificial (mamadeira) fique mais parecido com aleitamento natural (seio) em relação ao formato do bico e força de sucção,  ou seja, a força que o bebê precisa fazer para sugar o leite. O bebê precisa fazer força para exercitar a musculatura.
Variávamos bastante a alimentação quanto à textura, sabor e temperatura. Quando chegou a época de introduzir a papinha, ao invés de bater os legumes no liquidificador, passávamos por uma peneira fina.
  Antes de aparecerem os primeiros dentes, oferecíamos primeiro na terapia  bolacha, banana e frutinhas raspadas e depois continuávamos em casa (a Águida me ensinou como deveria oferecer, qual o posicionamento da colher na língua).
 
Ao dar o alimento para a Amanda, eu usava uma colher pequena e pressionava a ponta da língua para baixo e para trás (a colher deve entrar sempre de frente) e fazia com que a Amanda tirasse o alimento da colher com o lábio superior.

Por volta dos oito meses, começamos a oferecer a sopa no início  mais  liquida e devagar introduzimos pequenos pedaços primeiro amassados e depois em pequenos pedaços .
 
Introduzimos o canudinho, levava o suquinho descartávamos um pouco do liquido e oferecíamos para a Amanda, no início  mordia o canudo, depois foi cada vez mordendo menos e agora quase não morde. Esse é um bom exercício para a musculatura da boca e face.
 

Aos poucos, fomos tirando a mamadeira e introduzimos o uso de copo com bico.
 
Devagar fomos deixando a Amanda  usar a colher sozinha, ajudando-a apenas no movimento de pegar o alimento do prato e levá-lo à boca. Ela  derruba os alimentos da colher, mas deixo ela  tentar.
 
Estou "tentando" diminuir a ajuda gradativamente ( para mim é difícil, pois acabo tratando as minhas filhas como meus Bebês , mas como falo para a Águida . Eu vou conseguir !!! )
 
 Agora a Amanda come alimentos mais duros como carne (bife) ou cenoura pouco cozida, para exercitar a mordida e a mastigação.  Devemos estimular a lateralização da mastigação, colocando pedaços de alimentos consistentes entre os dentes laterais e estimular a mastigação do lado direito e esquerdo, um de cada vez.
 
Após a terapia da Apae, realizamos acompanhamento com outros profissionais e faz dois anos que a Águida nós atende em domicilio,  a Amanda agora está aprendendo a tomar no copo e já conhece as cores, números , animais e está começando a juntar duas palavras : Não quero !!!  De Novo !!!
 
Nas Terapias a Aguida utiliza muitos livrinhos com figuras e muita música, a Amanda ama ! Ela chega a Amanda pega a sua mão e a leva até o quarto.
 
A Camila participa de algumas terapias e adora, não pode ser sempre pois acaba tirando a atenção da Amanda.
 
A maiores dificuldades na fala são:
 
■ Hipotonia: a flacidez dos músculos faz com que haja um desequilíbrio de força nos músculos da boca e face, ocasionando alterações na arcada dentária, projeção do maxilar inferior e posição inadequada da língua e lábios – com a boca aberta e a língua para fora. A criança respira pela boca, o que acaba alterando a forma do palato (céu da boca). Esses fatores, dentre outros, fazem com que os movimentos fiquem mal coordenados e a articulação dos fonemas fique imprecisa e prejudicada.
■ Suscetibilidade às infecções respiratórias: essas infecções levam a criança a respirar pela boca, aumentando a dificuldade para articular os sons.
■ Dificuldade de memorização de sequência de movimentos: a dificuldade para aprender sequência de movimentos faz com que as crianças com Síndrome de Down pronunciem a mesma palavra de vários modos diferentes. Cada vez que dizem uma palavra é como se a estivesse falando pela primeira vez.
 
 Gostaria de agradecer a Águida sempre incansável e atenciosa ! Obrigada Maravilhosa profissional e amiga !!
 
Beijos pessoal !    Simone Santiago Marques
 
 

2 comentários:

  1. Confesso que você me pegou de surpresa. Mas eu é que tenho que agradecer por ser tão bem recebida por todos, principalmente pela minha ajudante maior, a Camila, que por forças maiores tem estado ausente nas minhas idas até sua casa.
    Sou grata pela vida da Amanda, e por fazer parte dela. Trabalhar com ela faz bem para minha alma pois esses momentos são encantados.
    Vê-la cantar, falar, brincar e principalmente dançar enchem meu coração de alegria.
    Que o Senhor continue abençoando a vida de cada um de vocês.
    Um beijo grande no coração e MUITO OBRIGADA pelo carinho.

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    1. Obrigada Águida, você é uma profissional excelente e dedicada. Merece todos os elogios !!! Beijos Simone

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