quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A Tecnologia assistiva como recurso para a inclusão escolar


Política da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva propõe que o estudante com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) ou altas habilidades/superdotação seja matriculado preferencialmente na rede regular de ensino e orienta os sistemas de ensino a promoverem respostas às necessidades educacionais especiais (NEEs), garantindo, entre outras coisas, o Atendimento Educacional Especializado (AEE), a acessibilidade (urbanística, arquitetônica, nos mobiliários, nos equipamentos, nos transportes, na comunicação e na informação) e a formação dos professores para a inclusão (BRASIL, 2008, p. 8).
O AEE deve ser ofertado nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) e tem como objetivo complementar ou suplementar a formação dos estudantes. Dentre as atividades realizadas no AEE, a Política indica que devem ser disponibilizados recursos de Tecnologia Assistiva (TA)(BRASIL, 2008, p.10).
De acordo com o Comitê de Ajudas Técnicas – CATTecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2007).
A utilização da TA no AEE depende das características individuais do estudante, do conhecimento do professor sobre a TA e da disponibilidade das mesmas na SRM.
Desta forma, na perspectiva da Educação Inclusiva tem-se o destaque ao uso da Tecnologia Assitiva (TA) como possibilidade de inclusão no ensino regular de estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), principalmente daqueles com alguma deficiência ou com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que apresentam limitações na comunicação e na interação social. A TA deve ser utilizada com os referidos estudantes na sala de aula do ensino comum e, principalmente no AEE.  Bersch afirma que “no contexto educacional inclusivo, a tecnologia assistiva caracteriza-se como um conjunto de recursos que promovem o acesso e a participação dos alunos com deficiência na aprendizagem […]” (BERSCH, 2009, p. 15).
As opções de TA que podem ser utilizadas com estudantes que apresentam algum tipo de NEE são bastante diversas. Incluem desde tecnologias simples que o próprio professor pode confeccionar como pranchas de comunicação e outros mais complexos como recursos de acessibilidade ao computador, softwares mais elaborados, leitores, vocalizadores, controladores eletrônicos de ambientes, etc.
Os recursos de TA, desta forma, se diferenciam em recursos de alta e de baixa tecnologia. Os recursos de baixa tecnologia são geralmente definidos como passivos ou fáceis de usar, mais baratos e com poucas partes móveis, como por exemplo: instrumentos customizados para as mãos, adaptações para recursos de escrita, apoio para livros, recursos para facilitar o alcance, talheres adaptados e materiais como velcro, antiderrapantes, fitas adesivas, etc. (MARTINS, 2011, p. 38). Já os recursos de alta tecnologia são geralmente definidos como recursos mais complexos e que apresentam componentes eletrônicos, tais como computadores, vocalizadores, equipamentos para o controle de ambiente, cadeiras de rodas motorizadas, etc.(INGE e GALVIN apud MARTINS, 2011, p. 38).
A TA é essencial na garantia do direito à educação das pessoas com deficiência e/ou Transtorno do Espectro Autista, sendo um fator que contribui e, em muitos casos, possibilita a inclusão escolar. Por isso concordamos com Bersch “que se fazem necessários na escola o conhecimento e a aplicação prática da tecnologia assistiva” (BERSCH, 2009, p. 21).
O conhecimento sobre a TA na escola, vai circular a partir do professor, especialmente, do professor do AEE, o que traz implicações relacionadas à formação desse profissional. É necessário que o professor do AEE tenha sólido conhecimento no que se refere às Tecnologias Assistivas, pois são consideradas de sua atribuição o uso e a confecção das mesmas.
Nesse sentido, é importante que as mantenedoras propiciem ao professor atuante nesse espaço a participação em formações específicas. Além disso, é compromisso do próprio professor buscar estar atualizado e capacitado para a execução do seu trabalho. Existem vários cursos, inclusive em plataformas públicas de Educação à Distância que fornecem formações sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação de uma forma geral e de Tecnologias Assistivas, mais especificamente.
Somente com o conhecimento do que há disponível e do que pode ser confeccionado o professor poderá realizar a avaliação adequada da necessidade de uso de tecnologia assistiva do estudante com deficiência ou TEA. Com isso, o professor do AEE também poderá auxiliar o professor da classe comum e a família do estudante, pois muitas TA são imprescindíveis nas atividades de vida diária, as chamadas AVD’s e podem ser utilizadas em casa, possibilitando uma maior autonomia e uma melhor qualidade de vida.  fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

“Passei a noite agarrada ao travesseiro para abafar meu choro”






Amei essa reportagem da revista Claudia sobre a linda Fernanda Honorato e compartilho com vocês!!! 

''Quando engravidei pela segunda vez, a minha filha mais velha, Francine, já estava com 3 anos e 5 meses. Na época, eu trabalhava em um escritório de contabilidade, área em que tenho formação técnica. Ao mesmo tempo, eu fazia um curso pré-vestibular, pois planejava completar o segundo grau.

Mesmo esperando outro bebê, eu e meu marido decidimos que eu tentaria a faculdade, ainda que tivesse de estudar à noite ou pagar por um curso particular. Mas, então, Fernanda nasceu e tudo mudou. (Fernanda Honorato, a primeira repórter com síndrome de Down do Brasil, concorre ao Prêmio CLAUDIA na categoria Trabalho Social.)

Na maternidade, demoraram para me dar a notícia de que algo não estava bem. As médicas fizeram tanto suspense que mandei minha irmã seguir uma delas para descobrir o que estava acontecendo. Foi assim que soube do diagnóstico: Fernanda nasceu com síndrome de Down.

Passei a noite agarrada ao travesseiro para abafar meu choro. No dia seguinte, eu só queria ir embora do hospital para poder tratar da minha filha. Como ninguém me dava explicações claras, quando cheguei em casa, peguei um exemplar da Enciclopédia Médica do Lar e o que li me deixou muito nervosa.

Na descrição do livro, dizia algo como ‘mal comparado a um idiota’. Dei um soco na estante e disse a mim mesma que a MINHA filha não seria uma idiota.

Desesperada, abandonei o trabalho e os estudos. Eu só queria me dedicar às meninas. Não foi uma decisão fácil. Nasci para trabalhar fora, para ter uma carreira, mas não me arrependo do que fiz. Naquele tempo, há 37 anos, não tinha creches como as de hoje.

Não era fácil encontrar um lugar que aceitasse uma criança com Síndrome de Down, muito menos um que tivesse pessoal adequado para cuidar dela. Tudo o que eu queria era que minha filha fosse aceita na sociedade e que tivesse um bom desenvolvimento. Mas isso exigia tempo e dedicação.

Levei Fernanda logo ao médico e, com 21 dias, ela já estava fazendo tratamento de estimulação precoce no Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR). A partir de então, comecei a procurar informações, que, na época, eram muito escassas.

Só fui conhecer um pouco mais a fundo sobre a síndrome quando uma amiga trouxe da Espanha um livro chamado El niño con sindrome de Down (A criança com síndrome de Down, em tradução livre para o português).

Era o início da minha busca por inclusão. Demorou bastante até encontrar uma escola adequada para Fernanda.

Ela passou a frequentar a Sociedade Pestalozzi do Brasil depois que o IBMR encerrou atendimento à pessoas com deficiência intelectual. Uma psicóloga de lá me falou uma coisa fundamental: para eu dar à caçula o mesmo tratamento que dava a Francine, sua irmã mais velha, sem superproteção.

Quando elas brigavam, por exemplo, eu colocava as duas de castigo – mas Fernanda, espertinha, sempre tentava me comprar com um beijo. A especialista também me orientou a nunca esconder minha filha. Muito pelo contrário: eu deveria introduzi-la à sociedade.

Passei a ir a todas as festinhas de criança com Fernanda e, se as crianças a olhassem feio, eu me aproximava delas com Fernanda e dizia: ‘Oi, eu sou a Fernanda Honorato, e você? Vamos brincar?’ Num instante as crianças começavam a brincar com ela. Aquilo tinha um efeito maravilhoso.

Quando Fernanda tinha cinco anos, meu marido foi transferido para a Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR). Sofri muito no início porque, no Rio, não percebíamos tanto preconceito quanto na nova cidade. Matriculei as meninas em uma escola de freiras onde maltrataram Fernanda por ignorância.

Por isso, Fernanda passou a estudar na Escola Dinâmica, onde o processo de alfabetização começou. A professora me contava que minha filha a ajudava a tomar conta da turma, organizava as crianças e, na saída, se posicionava ao lado dela para receber os beijinhos dos coleguinhas.

Era encantador ver como as outras crianças gostavam de minha filha. Teve até um episódio em que ela, que já não usava fraldas desde os 2 aninhos, ajudou uma outra amiguinha com síndrome de Down a desfraldar.

É muito gratificante perceber como minha filha se desenvolveu tão bem. Algumas mães de pessoas com síndrome de Down que eu conheço reclamam bastante. É mesmo puxado, mas, também por causa da Fernanda, eu passeio muito. E é excelente para nós duas.

Eu ando sempre com três, quatro Downs perto de mim. Eu os levo a festinhas, para cinema, teatro, escola de samba… Isso não me incomoda, muito pelo contrário. Quando ela nasceu, as pessoas me diziam: ‘Agora você vai ter que carregar a Fernanda o tempo inteiro’.

Eu costumo dizer que é o contrário. Ela é quem me carrega. Se fosse diferente, talvez ela já tivesse saído de casa e eu estaria sozinha.

Mas também temos nossas individualidades. Eu a deixo sair com outras mães, com outras pessoas, desde que tenham a responsabilidade de olhá-la. Fernanda até foi aos Estados Unidos com a família de um ex-noivo.

Mas fico sempre atenta porque as pessoas com síndrome de Down não têm maldade, se deixam levar por qualquer coisa. É preciso ter alguém sempre ao redor deles. E isso me preocupa. Eu também saio com minhas amigas.

De vez em quando, nós vamos ao teatro, ao cinema, saímos para almoçar ou jantar fora. E a Fernanda não vai. Tenho meus momentos, fico sozinha.

Se eu pudesse voltar no tempo e fazer algo diferente, eu não mudaria nada, sinceramente. Sinto que sou uma pessoa muito feliz. Acho que foi um sacrifício, sim. Mas não um grande sacrifício. Porque eu também me divirto.

Fernanda é muito parecida comigo. Nunca diz ‘não’, nem que está cansada. Minha filha é uma guerreira, tem um brilho que é só dela, onde chega contagia a todos. Esse é o jeito dela: coloca todo mundo para cima.

Tem horas em que sinto um cansaço, mas, depois, deito, durmo e passa. Costumo dizer que, quando morrer, vou dormir bastante. Agora quero aproveitar a vida.

*Maria do Carmo Honorato, 65, mãe de Fernanda Honorato, em depoimento a Carolina Scatolino. fonte

beijos Simone Santiago Marques

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A Psicopedagogia e as brincadeiras infantis


Observamos nos últimos anos, que nunca se deu tanto destaque ao brinquedo, como se vem dando ultimamente.
As indústrias investem nesta área, desenvolvem toda sorte de brinquedos eletrônicos, jogos, fazem comerciais, propagandas.
Evidentemente tudo isto tem um fim: o consumo . Descobriram uma fatia do mercado, as crianças e os jovens, que são consumidores em  potencial.
Constatamos que há  o lado bom deste estímulo, mas não encontramos nossas crianças brincando com espontaneidade e espírito criador. Logo o brinquedo é descartado e querem outro, ou brincam um pouquinho e depois vão mexer no que não deve. Por  que será?
Notamos vários teóricos pesquisando e escrevendo a respeito, como o brinquedo sendo um instrumento enriquecedor, possibilitando a aprendizagem de várias habilidades.
No dia-a-dia, é comum ouvirmos comentários sobre o brincar, num tom queixoso e esvaziado de significado: os pais comentam:
“Hoje meu filho não foi para a escolinha, também não perdeu nada, só vai para brincar!”; ou os professores falam “Aquela menina não tem feito nada, só pensa em brincar!”.
Portanto, o brincar parece estar associado à uma ação irrelevante, ou pelo menos nada que tenha alguma importância para a vida humana.
Os pais valorizam mais as atividades como: “Meu filho faz, natação, inglês, ginástica, faz conservatório musical, teatro, computação, etc.”
Estas atividades são importantes e necessárias, mas está sobrando pouco tempo para a espontaneidade, para o brincar em conjunto, para a fantasia.
A Psicopedagogia tem se constituído no espaço privilegiado para pensar as questões relativas à aprendizagem. Sendo assim, está intimamente ligada ao ato de brincar, como fonte de conhecimento.
Podemos dizer que, a capacidade de brincar faz parte de um processo de desenvolvimento, sendo imprescindível para a sobrevivência psíquica e para o avanço social do homem. Notamos isto na própria história antropológica humana.
Sabemos pela maneira que uma criança, adolescente, adulto, brinca como algo revelador de suas estruturas mentais, pensamentos, sentimentos, interações, ou seja seus níveis de maturidade cognitiva, afetiva – emocional e social.
Faço então uma pergunta:
“O que acontece com o brincar; pois ora é tão valioso ora é tão desvalorizado?”
O BRINCAR E O JOGAR DA CRIANÇA AO ADULTO
Vejamos a origem das palavras:
Jogar: do latim “jocare”: entregar-se ao; ou tomar parte no jogo de; executar as diversas combinações de um jogo; aventurar-se ou arriscar-se ao jogo; perder no jogo; dizer ou fazer brincadeira; harmonizar-se.
Brincar: “de brinco+ar”; divertir-se infantilmente; entreter-se em jogos de criança; recrear-se; distrair-se;saltar; pular; dançar, (…) (Dicionário da Língua Portuguesa – Aurélio, 1986, pp. 286-98)
Percebemos que há uma dificuldade em definir os termos “jogar” e “brincar”, pois ambos tem uma fronteira comum, indicando um grau de subjetividade, em que estas atividades estão implícitas.
Segundo, BOMTEMPO (1987 p.13) “a atividade do brincar, geralmente é vista como uma situação livre de conflitos e tensões, havendo sempre um elemento de prazer. Também é uma atividade com um fim em si mesma, pois não há resultado biológico imediato que altere a existência do indivíduo”.
O brincar da criança não é equivalente ao jogo para o adulto, pois não é uma simples recreação, o adulto que brinca/joga afasta-se da realidade, enquanto a criança  ao brincar/jogar avança para novas etapas de domínio do mundo que a cerca.
Na Psicopedagogia consideramos que o brincar da criança é uma forma infantil da capacidade humana de experimentar, criar situações, modelos e como dominar a realidade, experimentando e prevendo os acontecimentos.
Observamos enquanto Psicopedagogos, que quando induzimos a criança a brincar com jogos educativos, chega um momento em que ela interrompe dizendo: -“Bem agora, vamos brincar, tá?”.
Portanto a criança não estava brincando no verdadeiro sentido do verbo, quando percebe o objetivo e intenção apenas educativa que a cansou, interrompe, pois o brincar é destituído de qualquer objetivo externo e determinado, brincar requer espontaneidade, criatividade, liberdade com limites.
A brincadeira a partir dos 2 aos 4 anos, desenvolve-se com base nas organizações mentais, ou seja a simbolização. Diferencia o “eu” do outro, fantasia de realidade.
No início apresenta características de “pensamento mágico pré-conceitual”, ou seja a a criança dá vida aos objetos, atribui sensações e emoções, conversa com eles. É também uma brincadeira solitária, na qual vive diferentes papéis. Pouco a pouco, ensaia um simbolismo coletivo, exigindo dela esforço e descentralização para acrescentar o outro e poder continuar brincando.
A partir dos 4 anos, a brincadeira vai adquirindo um aspecto mais social surgindo as brincadeiras com regras, onde o combinado deve ser respeitado.
Na compreensão da brincadeira simbólica a criança revela situações carregadas de emoções e afetos, as organizações lógicas : classificações, seriações, quantidades, cores, cenário onde aparece seus medos, dificuldades, tensões, inversão de papéis, etc…
HUIZINGA (1980), filósofo da história em 1938, escreveu seu livro “HOMO LUDENS” no qual argumenta que o jogo é uma categoria absolutamente primária da vida, tão essencial quando o raciocínio (HOMO SAPIENS) e a fabricação de objetos (HOMO FABER), então a denominação HOMO LUDENS, é cujo elemento lúdico está na base do surgimento e desenvolvimento da civilização.
O autor define jogo como: “uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana.”
Em seu livro Huizinga nos conta que:
Nas sociedades antigas, não havia destinação entre jogos infantis e adultos, eram coletivos.
O jogo era considerado como um vínculo entre as pessoas, grupos, classes e gerações, entre passado e futuro. Gradualmente este caráter foi sendo perdido ao longo da história, transformando-o mais individual.
A influência educacional, religiosa e social altera os valores morais, considerava a criança como, um ser não maduro para convívio com adulto, sendo  que deveria ser submetida a um “regime especial”.
Os jogos e divertimentos coletivos foram abandonados e o ato de brincar desvalorizado, por não ter função aparente.
Com o surgimento do capitalismo esta idéia teve mais força, pois não podia ser associado a produção e trabalho, se tornou algo inútil.
O importante no brincar não é tanto como a criança, o jovem ou o adulto brinca,  mas sim como ela se envolve, lidando de forma cada vez mais criativa e interativa com seu mundo interno e externo.
O fato de uma criança jogar xadrez, onde há presença de regras explícitas, pode ser considerado também por ela como uma brincadeira, ou o fato de brincar de boneca  aparentemente sem regras explicitas, possa ser uma  reprodução de papéis sociais, pré estabelecidos por ela.
Os pais e educadores devem levar em consideração os seguintes aspectos ao observar a criança ou o jovem brincando:
Ela tem brincado ultimamente? Quanto tempo fica nesta atividade? O que faz com aquela brincadeira?
Brinca sozinha? Brinca com alguém? Brinca em grupo?
O que ela está expressando?
Quais as regras?
Como está brincando?
Criou novas regras?
Permaneceu em regras impostas?
Qual sua reação?
O que aparece neste jogo?
Para que serve este jogo ou brincadeira?
Como cuida dos brinquedos?
Quais os brinquedos que prefere?
Na verdade não existem delimitações claras sobre o ato de brincar e jogar e sim uma fusão entre as duas atividades. Quando uma criança não brinca, não se desenvolve, não se aventura em algo novo, desconhecido, isto é muito preocupante.
Se a criança brinca está revelando ter aceitado o desafio do crescimento, de ter a possibilidade de errar, de tentar a arriscar para progredir e evoluir.
Enquanto pais, educadores e profissionais afins, precisamos ser mais tolerantes com as atividades do cotidiano e criarmos um espaço para o lúdico, para nós também podermos sonhar, fantasiar, brincar.  fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

domingo, 6 de agosto de 2017

Bolo gelado

  

                                              INGREDIENTES

MASSA:

  • 4 ovos
  • 2 xícaras (chá) de açúcar
  • 3 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 1 copo (americano) de suco de laranja
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó

COBERTURA:

  • 1 garrafa pequena de leite de coco
  • 1 garrafa de leite (utilize a mesma garrafa do leite de coco como medida)
  • 1 lata de leite condensado
  • 1 pacote de coco ralado sem açúcar

                                              MODO DE PREPARO

MASSA:

  1. Em uma batedeira, bata as claras em neve acrescentando o açúcar aos poucos e bata por 3 minutos
  2. Adicione as gemas, o trigo, o suco e continue batendo até formar uma massa homogênea
  3. Por último, adicione o fermento e bata por mais 40 segundos na menor velocidade da batedeira
  4. Despeje a massa em uma forma média e untada
  5. Asse em forno preaquecido em temperatura média de 180 °C por 40 minutos ou até dourar

COBERTURA:

  1. Em uma tigela, misture o leite de coco, o leite, o leite condensado e reserve
  2. Após 40 minutos, retire o bolo do forno e fure toda a sua superfície com um garfo para facilitar a penetração da cobertura
  3. Com o bolo ainda quente, despeje a cobertura sobre ele e salpique por cima o coco ralado
  4. Leve a geladeira por 3 horas, depois corte o bolo em quadrados do tamanho que preferir e embrulhe com papel alumínio
  5. Conserve na geladeira  fonte
delícia !!!!!  Beijos  Simone Santiago Marques

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Marca cria bonecas e bonecos com Down para inspirar as crianças


A brincadeira é a linguagem universal das crianças. Brincando, os pequenos assimilam as informações do mundo e constroem seus primeiros referenciais do outro e de si mesmas.
Por isso, é essencial pensar em qual perfil de brinquedo oferecemos à criança, afinal, quanto mais diversidade existir neste momento, mais ampla será sua visão de mundo.
A educadora e pesquisadora Waldorf Nina Veiga explica que "a boneca é uma expressão da linguagem, é uma maneira de expressar simbolicamente aquilo que nos cerca".
É desse entendimento que surgem bonecas de perfis variados, como a coleção de Barbies presidentas, criadas com o intuito de inspirar meninas a aspirar carreiras de liderança e subverter, ou mesmo as bonecas criadas pelas próprias famílias, na intenção de estimular os filhos a se sentirem representados naquele brinquedo, como a mãe que costurou uma boneca com manchas na pele para a filha.
Agora, a marca australiana Leave It To Leslie - Conhecendo necessidades específicas na primeira infância, especializada em brinquedos de assistência à infância, inclusivos e multiculturais, lançou uma linha de bonecas e bonecos com características físicas de pessoas com síndrome de Down.
Com isso, o brinquedo funciona não só como elemento de identificação para crianças com essa condição genética, mas também como propulsor de uma maior diversidade para as outras crianças. Afinal, o respeito, a tolerância e a empatia começam na infância.
Na página de apresentação do brinquedo, com linguagem bem didática e acessível, há uma descrição explicando o que é a síndrome, para estimular as famílias e começar um diálogo sobre o assunto.
"Nossos corpos são compostos por milhões de células. Em cada célula há 46 cromossomos. O DNA em nossos cromossomos determina como nos desenvolvemos. A síndrome de Down é causada quando há um cromossomo extra. As pessoas com síndrome de Down têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46. Eles têm um cromossomo extra 21, razão pela qual a síndrome de Down também é conhecida como trissomia 21."
Por enquanto, a boneca é comercializada somente pela internet, por meio do site da empresa, mas pode servir de inspiração para marcas brasileiras que se preocupem em oferecer brinquedos inclusivos e representativos da diversidade da infância. fonte
Beijos   Simone Santiago Marques