domingo, 31 de julho de 2016

Quem é a criança com síndrome de Down ? - Dr Zan Mustacchi Parte 1


Dando continuidade nos posts sobre o Guia do Bebê, hoje vou começar o capítulo sobre quem é a criança com síndrome de Down.  vamos lá !!
A criança com síndrome de Down é simplesmente uma criança como qualquer outra. Por ser assim, é também uma pessoa, com particularidades e características.Todos dizem que existem pessoas que são normais, então se subentende que existam outras que sejam anormais  e novamente se expressa um preconceito. Perguntamos: o que é ser e quem é normal? O importante de agora em diante é adotarmos um novo conceito: somos  pessoas comuns . Ser comum não nos parece tão agradável quanto sermos normais.
Curiosamente há quem acredite que ser comum tem um contexto pejorativo. Até onde vai nosso preconceito?
Ao longo de 30 anos, nos quais tive a oportunidade de avaliar e examinar mais de 6 mil indivíduos com síndrome de Down, de fio a pavio, aprendi que as pessoas que têm síndrome de Down são pessoas comuns, que têm na sua informação genética um pedaço pequeno do menor dos cromossomos em excesso, isto é, simplesmente é um material a mais. Esse material a mais tem sua expressão traduzida em três situações clínicas que as diferenciam das outras pessoas:
  1. Uma pessoa comum que tenha característica facial que lembre um oriental
  2. Pequenas e quase imperceptíveis diferenças caracterizadas como atraso do desenvolvimento motor relacionadas à redução da sua força muscular
  3. Apresentação de dificuldades na sua capacitação em virtude de alterações neurológicas.
A Característica facial  mais marcante nas pessoas com síndrome de Down é o desenho dos olhos, que costumam ser um pouco afastados  entre si em virtude de uma dobra  de pele chamada epicanto, a qual sai  da base do nariz, escondendo o ponto por onde as lágrimas saem, que é o canto interno dos olhos.O desenho as pálpebras faz com que os olhos sejam um pouco puxados para cima, dando-lhes a característica amendoada. Muitas vezes o epicanto simula o que chamamos de falso estrabismo ( tem-se a impressão que o indivíduo é vesgo). É relativamente frequente um pequeno edema (inchaço), tanto nas pálpebras inferiores quanto superiores, que têm uma expressão clínica variada, isto é mais ou menos evidente entre diferentes crianças.
O restante do rosto tem uma silhueta  mais arredondada com maior proeminência das bochechas. A boca apresenta frequentemente um desenho que lembra um arco de cupido, cujo lábio superior têm inclinação para baixo simulando o arco, e o lábio inferior, horizontalizado em linha reta, fosse a corda do arco.
Habitualmente  o queixo é pequeno . O pescoço é um pouco mais curto, porque as vértebras cervicais, que são os ossos do pescoço , são mais achatadas em relação a população comum.
Quanto aos músculos definidos como hipotônicos ( enfraquecidos, com redução da força muscular ) é preciso esclarecer que temos dois tipos de músculos.
O primeiro grupo é chamado de músculos estriados e esqueléticos ( vistos ao microscópio apresentam estrias, que são linhas ). Estes são do nosso próprio domínio e por isso são definidos como músculos voluntários; como o próprio nome diz, por serem esqueléticos, estão ligados ao esqueleto.
O Outro grupo é o dos músculos lisos  ( vistos ao microscópio, são lisos sem nenhuma linha), que estão em todo o nosso corpo ( vísceras e órgãos internos), não ligados aos ossos, e seu  movimento não depende da nossa vontade, portanto são chamados de músculos involuntários ou autônomos. Seus movimentos são automáticos e um dos melhores exemplos para entendê-los é o que tecnicamente chamamos de peristaltismo intestinal, ou melhor, quando temos fome, sentimos e percebemos um movimento dentro da barriga , que é incontrolável , portanto não o dominamos por nossa vontade.
Como para toda regra há uma exceção, o único músculo que é estriado, não esquelético e involuntário é o músculo do coração ( músculo cardíaco).
Quando a hipotonia é discutida deve subentender-se  que a também necessariamente uma frouxidão ligamentar. Os músculos esqueléticos unem-se aos ossos por estruturas que funcionam como se fossem " borrachas ", chamadas de ligamentos, e são esses ligamentos que unem os ossos entre si. Imagine  que essas " borrachas" estão sendo esticadas e soltas de forma constante. O ato de esticar chamamos de extensão articular, e quando esticamos ao máximo realizamos uma hiperextensão articular. A união dos músculos com os ligamentos é um dos principais mecanismos  da limitação da extensão das articulações.
Se considerarmos que os ligamentos das pessoas com síndrome de Down são chamados de frouxos, o que significa que seu estiramento máximo terá uma resultante de movimento articular ampliado - e essa situação é a principal responsável pelo que chamamos de instabilidade articulares  - as subluxações e raras luxações serão mais evidenciadas nesse grupo de pessoas.
É muito frequente ouvirmos que infecções ou comprometimentos respiratórios são situações repetitivas em pessoas com síndrome de Down, e é necessário entender por quê. Ocorre que " as portas de entradas " ( por onde entram os micróbios que geram infecção ) da maioria dos processos infecciosos são as narinas e a boca; portanto, esses dois lugares têm mecanismos próprios de defesa, formando barreiras para reduzir a entrada dos micróbios no corpo.
Pessoas com síndrome de Down dificilmente terão broncoconstrição, em virtude da hipotonia muscular, quem tem Down não têm asma. Eles podem apresentar um quadro de inflamação das células dos brônquios as quais ficam inchadas e " simulam" um quadro de asma.  O tratamento dessa situação nas pessoas com síndrome de Down é baseado em anti-inflamatórios , e nunca em broncodilatadores ( esses costumam ter efeitos de aumento de batimentos da frequência cardíaca, o que pode complicar problemas cardíacos)
Quanto ao refluxo, a hipotonia faz com que o músculo seja incapaz  de se contrair adequadamente por falta de tônus, o conteúdo do estômago volta para o esôfago, portanto, sobe contra o fluxo. Esse condição pode passar a ser severa se atingir a altura das vias respiratórias, acarretando inclusive pequenas aspirações  e eventuais pneumonias, além de otites e sinusites, e também um processo inflamatório do esôfago chamada esofagite. Se o refluxo chega à boca, pode inclusive acarretar cáries.
No intestino, o movimento é mais lento, devido à hipotonia, as manifestações de obstipação intestinal ( intestino preso) serão mais evidentes.
Na vesícula , se for hipotônica, ocorre em 7% a 9 % das pessoas com síndrome de Down, poderá ocorrer um endurecimento chamado de cristalização da bile, dentro da vesícula ( pedra na vesícula).
Continuamos no próximo post, sei que essa leitura fica um pouco chata, mas é muito importante sabermos todos esses detalhes, para que nossos filhos tenham uma melhor qualidade de vida.
Beijos  Simone Santiago Marques

quarta-feira, 27 de julho de 2016

O Impacto da notícia - Dr Zan Mustacchi


Existe um Guia do Bebê na internet super legal, ele foi escrito e supervisionado pelo Dr Zan Mustacchi.
Vou fazer posts das informações mais importantes, iniciando pelo impacto da notícia, vamos lá !!
É muito comum que no momento  em que recebemos a notícia da síndrome de Down nossos sentimentos estejam confusos e embaralhados. É uma sobrecarga emocional enorme, afinal deparamos nesse momento com uma situação completamente diferente da que tínhamos planejado para nossa vida e a de nosso filho.
As informações e os modelos que trazemos conosco da síndrome de Down normalmente são antigos, ultrapassados e cheios de preconceitos. Nessa hora precisamos reavaliar todo esse repertório de informações e buscar novos conceitos.
Medo, culpa, negação e raiva são alguns sentimentos manifestados. Por que comigo? O que fiz para merecer isso ? Quem é o culpado ? Todas essas perguntas elaboradas de uma só vez , trazendo muita dor e tristeza. O Conflito entre a negação e o amor, unidos em um só sentimento, nos traz culpa por não aceitarmos de imediato a notícia.
A família desempenha um papel  de extrema importância no desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down. Quanto mais informações atualizadas a família possuir mais a criança terá suas potencialidades aproveitadas.
Com a ajuda de profissionais, grupos de apoio e outros pais, a família será encaminhada a dar os primeiros passos no trabalho potencial de seu filho. Entenderemos que não estamos sozinhos, nem desamparados; que, com a notícia, teremos um grupo de pessoas que nos acolherá e ajudará a reformular o conceito, ou "pré-conceito", sobre a síndrome de Down.
Com base nessas novas informações, com a possibilidade de conhecer outras crianças com a síndrome em diversas etapas da vida ( engatinhar, andar,ler,escrever..), será aberta uma gama de possibilidades, esperança e ânimo para a retomada de suas vidas.
Comece a se permitir viver a alegria de ter um filho. Receba seus amigos e parentes com a alegria que um nascimento merece. Mostre seu filho sem medo nem dor,e você verá que as pessoas também ficarão mais tranquilas e agirão com naturalidade.
Cada pessoa tem uma forma de lidar com o inesperado, e cada um vai buscar o caminho mais adequado para superar sua dor. Mas não deixe de pedir ajuda se precisar, pois todos passamos por esse caminho quando recebemos a notícia.
Tentamos nesta obra, contudo, fazer um alerta: todos esses sentimentos são perfeitamente comuns, de uma forma ou de outra, serão superados no tempo de cada um. O amor normalmente vence todas essas barreiras e seus filhos serão amados como qualquer outra criança.
O caminho às vezes é difícil porque nos faz rever conceitos preestabelecidos . Mas, depois de percorrê-lo, vamos encontrar esperança, com alegria e orgulho de termos conseguido superar todas as adversidades desse  momento.
Saiba que seu filho com síndrome de Down é uma criança como as outras, e que, como tal, precisará bastante de amor - o ingrediente mais importante dessa caminhada.
Palavras lindas não acham ?  O Próximo post será sobre a síndrome de Down.
Beijos   Simone Santiago Marques

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Formas de fazer a vida do seu filho autista mais fácil parte 2


Dando continuidade na matéria encontrada no site sobre autismo, Lagarta vira pupa  , formas de fazer a vida do seu filho autista mais fácil.  segue
  • Ecolalia: Algumas crianças autistas vão repetir com frequência frases, palavras ou textos. A Ecolalia pode ser uma comunicação funcional,assim como muitos jovens da geração Y acham normal escrever " vc ". A escolia também pode ser uma forma de estereotipia verbal: pode ser tranquilizador repetir frases seja para você mesmo ou numa conversa com outra pessoa. Mesmo assim, pais, professores e terapeutas com frequência tentam eliminar ou redirecionar a ecolalia do autista.  Apenas diga não !
  • Uma importante necessidade de " descomprimir ":  Pessoas autistas ficam sobrecarregadas pelo mundo. Então, quando o seu filho chega da escola, ou de uma saída, ou mesmo depois de passar um tempo com você, tenha certeza de dar a ele todo o tempo de descanso que ele precisa. Dê a ele espaço para processar, se reintegrar , fazer estereotipias, ver os vídeos favoritos - a forma que ele te indicar que funciona melhor para que ele se " descomprima ". Isso é especialmente importante para nossos filhos, já que as crianças autistas tendem a ter uma agenda superlotada com terapias e outras atividades sociais intensas que requerem mais energia do que é esperado para não autistas. Então, suas reservas de energia podem ser completamente drenadas.
  • Cegueira facial ou Prosopagnosia: Cegueira facial é uma coisa real para muitas pessoas autistas, apesar de seu grau variar. Então,  tente ajudar o seu filho a compensar: ajude-o a reconhecer as pessoas por traços que vão além de rostos, fique alerta para situações que podem estressá-lo, como encontrar amigos ou conhecidos, ou reconhecer professores e cuidadores. Ajude-o a encontrar uma estratégia que ajude os familiares ou amigos a se aproximarem dele, como, por exemplo, fazer a outra pessoa sempre dizer " Oi, sou eu, o [nome]  ".
  • Sensibilidade ao tom de voz : Crianças autistas podem ser absurdamente sensíveis às emoções de outras pessoas, algumas vezes absorvendo-as  e até aumentando-as. Isso significa que manter o seu tom de voz neutro ou positivo ao falar com seu filho autista é um esforço que vale a pena. O que você  pode considerar como um tom de voz " firme mais amável ", pode ser percebido como doloroso e raivoso por uma pessoa autista que opera em uma frequência altamente emocional. Então, faça o seu melhor para ter um estilo de comunicação calmo e confortador com seu filho.
  • Simplifique o espaço dele: Pessoas que ficam facilmente sobrecarregadas por estímulos visuais e auditivos, que têm agnosia ( dificuldade para reconhecer estímulos sensoriais como formas, cheiros, sons ) ou precisam de tempo para se reorganizar, se costumar gostar de ambientes como quartos ou salas de aula que são levemente vazios e organizados. Se o seu filho tem dificuldades em criar ou organizar este espaço por si só devido a problema de atenção, função executiva ou outros fatores, então faça o seu melhor para ajudá-lo a organizar e manter esses espaços como ele preferir.
  • Necessidade de pausas : Se seu filho autista é, de fato, uma esponja emocional, ele vai precisar de períodos de " férias " dos principais emissores de emoção em sua vida: os membros da família. Faça o seu melhor para garantir que ele tenha essas pausas - sempre que você puder e sempre que ele quiser. Elas podem ser desde um passeio silencioso de carro até deixá-lo passar um tempo com um cuidador ou pessoa querida de confiança que não seja você. Vocês dois irão se beneficiar.
Cada autista é único, o que significa que esses onze fatores ( post 1 e 2 ) podem não valer para todos ( por mais que eles sejam bem comuns ). Esta lista também não pretendia englobar tudo . Considere isso como um começo, um check list , um mini guia para pais considerarem pontos de vista que eles não conheciam, e que podem ajudar a eles e a seus filhos a viverem a vida da melhor forma possível.
texto original em inglês http://www.blogher.com/11-ways-make-your-autistic-childs-life-easier
Beijos  Simone Santiago Marques

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Formas de fazer a vida do seu filho autista mais fácil parte 1


Encontrei um site muito legal sobre autismo, Lagarta vira pupa  e encontrei uma matéria bem interessante para os pais de autistas . segue
Amar seu filho ( ou filha ) autista com todo o seu coração é uma experiência maravilhosa e preciosa. Mas se você mesmo não é autista, nem todo o amor do mundo vai poder te ajudar a entender como o autismo afeta o corpo do seu filho, seus sentidos, e como ele interage com o mundo.
Você não quer, mesmo que acidentalmente, fazer a vida do seu amado filho mais difícil do que tem que ser, então, por favor, considere as recomendações abaixo - recomendações estas adquiridas durante 12 anos de conversas com pessoas autistas, profissionais e pais.
  • Processamento visual e auditivo: pessoas autistas normalmente processam inputz visuais ou auditivos mais rápido, ou com intensidade maior. Às vezes, isso significa uma " super audição ", como quando ele é capaz de detectar ( e agir a respeito) dos pais sussurrando sobre onde esconderam o biscoito. Outras vezes, isso significa as luzes do teto piscando irritantemente ou dolorosamente de formas que pessoas não autistas não notam. E algumas vezes, crianças que não conseguem filtrar bem visões ou sons que as sobrecarregam, acabam rendendo menos ou tendo crises na sala de aula ou outros espaços, porque elas estão usando toda a sua energia para lidar com um input sensorial torrencial, ao invés de aprender, ou ser capaz de comunicar, ou captar pistas sociais e trocas. Providenciar fones de ouvido que bloqueiam o som, ou óculos com lentes coloridas, e usar luzes não fluorescentes são apenas algumas opções para tornar sua casa e a sala de aula ambientes mais " amigáveis ao autista "
  •  Tempo de processamento de informação: quase todos os autistas que eu conheço têm seu próprio ritmo e velocidade com a qual processam a informação. No caso do meu filho, isso significa dar a ele um tempo extra para responder, ao invés de impacientemente assumir que ele não entendeu o que foi dito. Outros cenários incluem, por exemplo, colocar a legenda para que eles compreendam completamente vídeos ou filmes. ( nota da tradutora : para autistas não verbais, os recursos visuais com figuras ajudam muito neste sentido ). Desconsiderar as dificuldades de processamento pode levar a pessoa autista a ter suas habilidades ou compreensão altamente subestimadas.
  • Sensibilidade à pressão atmosférica: Eu não preciso consultar o site de previsão do tempo para saber se está vindo chuva, porque meu filho normalmente já terá me contado que a cabeça dele está doendo devido à mudança na pressão atmosférica. Muitos dos meus amigos autistas já me relataram ser mais sensíveis à mudanças da pressão atmosférica, em alguns casos, a troca de pressão pode até desencadear enxaquecas. Então, se o seu filho fica nervoso toda vez que chega uma tempestade, considere que ele pode estar com dor ao invés de medo, e cuide dele da maneira apropriada.
  • Azia não diagnosticada ( ou outras condições médicas): Se seu filho tem dificuldade para pegar no sono ou mantê-lo, ou se ele está passando por uma fase agitada em geral, considere a possibilidade dele ter azia. Azia ( e refluxo) incomodam muito, pioram ao deitar, e normalmente são fáceis de tratar com medicamentos ( depois da consulta médica, claro). Tratar a azia do meu filho melhorou sua habilidade de pegar no sono, bem como sua qualidade de vida, e isso é só um exemplo de como aquilo que é desprezado ou considerado " comportamento típico de autista" pode, na verdade, ser uma reação a uma condição médica não diagnosticada.
  • Estereotipias: Balançar as mãos, sacudir um palito, mastigar um tubo de silicone, brincar com o cabelo - tudo isso são exemplos de tipos de estereotipias que ajudam as crianças autistas a se entreterem, se regularem, ou lidar com a super estimulação,  e que têm benefícios e propósitos legítimos. Mas já que as estereotipias podem ser percebidas como estranhas ou indesejadas por pessoas não autistas, um grande esforço é , muitas vezes, colocado em bloquear ou "extinguir " esses movimentos ( e não só com crianças autistas ... a supressão de comportamentos também está sendo usada em crianças com TDAH ). As estereotipias saudáveis precisam ser entendidas e aceitas, o que é totalmente diferente de avaliar  comportamentos de auto agressão, angústia ou agressão ao outro.
No próximo post vou pontuar mais seis itens importantes abaixo deixo o link original em inglês
http://www.blogher.com/11-ways-make-your-autistic-childs-life-easier
Beijos  Simone Santiago Marques

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Mini churros com doce de leite uhmm


Essa massa fica ótima e é muito fácil de fazer, para acompanhar tem doce de leite !!!
No lanche da tarde para as crianças que estão de férias sem dúvidas será um sucesso .
Essa receita rende aproximadamente 40 mini churros.

Ingredientes:

Massa:
  • 1 e 1/2 xícara (de chá) de farinha de trigo
  • 1 xícara de água (250ml)
  • 1 colher (de chá) de sal
  • 2 colheres (de sopa) de açúcar
  • 2 colheres (de sopa) de margarina ou óleo
  • 2 ovos
Cobertura: 
  • Açúcar e canela
Para acompanhar:
  •  Doce de leite pronto ( adoro o da marca aviação)

Modo de preparo:

  1. Em um recipiente coloque a água, a margarina, o açúcar e o sal e leve ao fogo
  2. Quando ferver adicione a farinha e misture até desgrudar da panela
  3. Retire da panela e coloque em uma vasilha e use as mãos.
  4. Bata a massa ainda quente, adicione 1 ovo e bata bem, depois adicione o outro ovo e bata até a massa ficar lisinha.
 
  • Para modelar o churros, use um saco de confeiteiro , escolha o bico ou use o bico pitanga aberto grande
  • Coloque 500ml de óleo em uma panela e deixe esquentar
  • Quando estiver bem quente, frite os churros até dourarem.
  • Em um prato misture o açúcar com canela. (você pode colocar só açúcar também)
  • Passe os churros no açúcar com canela.
Uhmmm uma delícia !!!  Fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Esclarecendo dúvidas sobre BPC - LOAS


Achei esse artigo na internet super completo sobre LOAS, segue abaixo :

O que é o Benefício de Prestação Continuada (BPC)?

O BPC é um benefício da Política de Assistência Social,individual, não vitalício e intransferível, que garante a transferência mensal de 1 (um) salário mínimo ao idoso, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
Importante :O BPC não é aposentadoria e nem pensão e não dá direito ao 13º pagamento.
Quem pode receber o BPC? 
• Idosos, com idade de 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, cuja renda per capita familiar seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente;
• Pessoa com deficiência, de qualquer idade, entendida como aquela que apresenta impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, cuja renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente.
Os impedimentos de longo prazo são aqueles que produzem efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anosconforme Lei Nº12.435, de 06/07/2011 e Lei Nº 12.470, de 31/08/2011. Também pode ser beneficiário do BPC o brasileiro naturalizado, domiciliado no Brasil, idoso ou com deficiência, observados os critérios estabelecidos na legislação, que não recebe qualquer outro benefício no âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, nacional ou estrangeiro, salvo o da assistência médica e no caso de recebimento de pensão especial de natureza indenizatória.

Como requerer o BPC?

O cidadão poderá procurar o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS ou a Secretaria Municipal de Assistência Social ou o órgão responsável pela Política de Assistência Social de seu município para receber as informações sobre o BPC e os apoios necessários para requerê-lo. A Agência do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é o órgão responsável pelo recebimento do requerimento e pelo reconhecimento do direito ao BPC. Para requerer o BPC, a pessoa idosa ou com deficiência deve agendar o atendimento na Agência do INSS mais próxima de sua residência pelo telefone 135 da Central de Atendimento da Previdência Social (ligação gratuita) ou pela internet(www.previdenciasocial.gov.br). Na Agência do INSS, o (a) requerente deve preencher o formulário de solicitação do benefício, apresentar declaração da renda familiar, comprovar residência e apresentar os seus documentos de identificação e os dos membros da família. No caso de pessoas com deficiência, será realizada uma avaliação da deficiência e do grau de impedimento, composta por avaliação médica e avaliação social, realizadas por médicos peritos e assistentes sociais do INSS. Esta avaliação será agendada pelo INSS. Se for comprovada a impossibilidade de deslocamento do beneficiário até o local da realização da avaliação de incapacidade, esta será realizada em seu domicílio ou no local em que o beneficiário esteja internado.
IMPORTANTE! Para ter acesso ao BPC não é preciso intermediários ou atravessadores, nem autorização de ente político. A pessoa com mais de 65 anos ou com deficiência pode ir diretamente a uma agência do INSS mais próxima de sua residência e solicitar o benefício, sem custos.

Quais os documentos necessários para requerer o BPC?

Para requerer o BPC, a pessoa idosa ou a pessoa com deficiência deve apresentar o Cadastro de Pessoa Física – CPFse já o possuir e, pelo menos, um dos seguintes documentos:
• Certidão de nascimento ou casamento;
• Certificado de reservista;
• Carteira de identidade; ou
• Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS.
O requerente deverá apresentar também o comprovante de residência e os documentos de identificação dos componentes da família.
ATENÇÃO! No ato do requerimento do BPC, o (a) requerente pode não apresentar o cadastro de pessoa física - CPF, porém se for reconhecido o direito ao benefício, o CPF deverá ser apresentado para que o pagamento do BPC seja autorizado. É importante apresentar também comprovante de residência para garantir melhor qualidade de registro das informações cadastrais.

Quais formulários deverão ser preenchidos para o requerimento do BPC?

Para o requerimento do BPC, além da apresentação dos documentos pessoais e da família, o (a) requerente ou seu representante legal deve preencher e assinar os seguintes formulários:
• Requerimento de Benefício Assistencial; e
• Declaração sobre a Composição do Grupo e Renda Familiar.
Estes formulários podem ser encontrados nas agências da Previdência Social – APS; no Portal do MDS no endereço:www.mds.gov.br/assistenciasocial/beneficiosassistenciais/BPC/como-requereroBPC e no site da Previdência Social: www.previdência.gov.br. A falta destes formulários não impedirá que seja aceito qualquer requerimento pleiteando o benefício, desde que nele constem os dados necessários ao seu processamento.
IMPORTANTE! O (a) beneficiário (a) deverá informar à agência do INSS mais próxima de seu domicílio as alterações de seus dados cadastrais tais como: mudança de nome, endereço e estado civil, direito a recebimento de outro benefício, admissão em emprego ou recebimento de qualquer outra renda.

Como se dá o reconhecimento do direito ao BPC?

O reconhecimento do direito ao benefício às pessoas idosas se dará após a comprovação da idade e da renda familiar, conforme previsto na legislação. Para a pessoa com deficiência, além da comprovação da renda, a mesma deverá passar pela avaliação da deficiência e do grau de impedimento, composta por avaliação médica e avaliação social, realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. As avaliações são agendadas pelo próprio órgão. A avaliação médica leva em consideração as deficiências nas funções e nas estruturas do corpo, e a avaliação social leva em conta os fatores ambientais, sociais e pessoais. As duas avaliações consideram a limitação do desempenho de atividades e a restrição da participação social. Quando comprovada a impossibilidade de deslocamento da pessoa com deficiência até o local de realização da avaliação médica e da avaliação social, estas serão realizadas em seu domicílio ou instituição em que estiver internado.

Como calcular a renda mensal per capita?

Para verificar se a família do idoso ou da pessoa com deficiência recebe menos de ¼ de salário mínimo por pessoa, ou seja, se a renda mensal familiar per capita é inferior a ¼ de salário mínimo, devem ser somados todos os rendimentos recebidos no mês por aqueles que compõem a família. O valor total dos rendimentos, chamado de renda bruta familiar, deve ser dividido pelo número dos integrantes da família. Se o valor final for menor que ¼ do salário mínimo, o (a) requerente poderá receber o BPC, desde que cumpridos todos os demais critérios.

O BPC pode ser acumulado com outro benefício?

O BPC não pode ser acumulado com outro benefício no âmbito da Seguridade Social (como, por exemplo, o seguro desemprego, a aposentadoria e a pensão) ou de outro regime, exceto com benefícios da assistência médica, pensões especiais de natureza indenizatória e a remuneração advinda de contrato de aprendizagem.

Quais as pessoas que compõem a família para cálculo da renda per capita?

Com a publicação da Lei Nº 12.435, de 06/07/2011 (que alterou dispositivos da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, Lei Nº 8.742, de 07/12/1993), para cálculo da renda mensal familiar per capita, deve ser considerado o conjunto de pessoas que vivem sob o mesmo teto, formado pelo (a) requerente (idoso ou pessoa com deficiência); o (a) cônjuge ou companheiro (a); os pais e, na ausência deles, a madrasta ou o padrasto; irmãos (ãs) solteiros (as); filhos (as) e enteados (as) solteiros (as) e os (as) menores tutelados (as).
ATENÇÃO! O idoso ou a pessoa com deficiência que more sozinho, que se encontre acolhido em Instituição de Longa Permanência (Abrigo, Hospital, ETC.) ou em situação de rua terão direito ao BPC desde que atendam aos critérios para recebimento do benefício. Será considerada família do requerente em situação de rua: o (a) requerente (idoso ou pessoa com deficiência), o (a) cônjuge ou companheiro (a), os pais e, na ausência deles, a madrasta ou o padrasto, irmãos (ãs) solteiros (as); filhos (as) e enteados (as) solteiros (as) e os (as) menores tutelados (as); desde que convivam com o (a) requerente na mesma situação de rua, devendo, nesse caso, ser relacionados na Declaração da Composição e Renda Familiar.

Quais os rendimentos que entram no cálculo da renda mensal familiar per capita?

Os rendimentos que entram no cálculo da renda familiar mensal são aqueles provenientes de: salários; proventos; pensões; pensões alimentícias; benefícios de previdência pública ou privada; seguro desemprego; comissões; pró-labore; outros rendimentos do trabalho não assalariado; rendimentos do mercado informal ou autônomo; rendimentos auferidos do patrimônio; Renda Mensal Vitalícia – RMV, e o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social. É importante esclarecer que: - Aremuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz ou de estagiário também não será considerada para fins do cálculo da renda mensal familiar; e - Os recursos provenientes de Programas de Transferências de Renda, como o Programa Bolsa Família – PBF também não entram no cálculo da renda mensal familiar, para fins de concessão do BPC; e - Benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária, assim como rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regulamentadas, também nãserão consideradas no cálculo da renda mensal familiar, para fins de concessão do BPC.
ATENÇÃO! O acúmulo do BPC com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem está limitada ao prazo máximo de 2 (dois) anos.

O BPC de uma pessoa idosa entra no cálculo da renda mensal familiar para a concessão do benefício a outro idoso da mesma família?

O BPC de uma pessoa idosa NÃO entra no cálculo da renda mensal familiar para concessão do benefício a outro idoso da mesma família, de acordo com o Estatuto do Idoso, Lei nº10.741, de 1º de outubro de 2003. ATENÇÃO! O mesmo não ocorre no caso da pessoa com deficiência, onde o BPC é computado no cálculo da renda familiar para fins de concessão do benefício a outra pessoa com deficiência ou a um idoso. Nessa situação, o benefício poderá ser concedido, desde que não ultrapasse a renda familiar per capita de ¼ do salário mínimo.

Como comprovar a renda mensal familiar?

Para comprovar a renda de todos os integrantes da família, deve ser apresentado um dos seguintes documentos:
• Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS com as devidas atualizações;
• Contracheque de pagamento ou documento expedido pelo empregador;
• Guia da Previdência Social - GPS, no caso de contribuinte individual; ou
• Extrato de pagamento ou declaração fornecida por outro regime de previdência social pública ou privada.
Em algumas situações, o requerente ou beneficiário precisa ser representado legalmente por outra pessoa para requerer ou receber o BPC. Essa representação precisa ser formalizada por meio de um termo de procuração ou apresentação do termo de guarda, tutela ou curatela.

Esclarecimento dos Termos:

- Procuração – Deve ser utilizada nas situações em que a pessoa apresenta problema de saúde que a impossibilita de se locomover. Para tanto, deve escolher uma pessoa de sua confiança para representá-lo como seu procurador.
- Termo de Guarda – Quando alguém é responsável por uma criança ou adolescente, mas não é seu pai ou mãe, deve comprovar a representação com o documento termo de guarda. A guarda é definida por decisão judicial e poderá ser temporária ou definitiva, neste caso, se houver a suspensão do poder familiar.
- Tutela – Em situações de desamparo de crianças ou adolescentes menores de 18 anos de idade, decorrentes da ausência dos pais (por morte ou destituição do pátrio poder), é necessário que o juiz nomeie um tutor, que proporcione proteção e cuidado, bem como administre seus bens, em processo judicial.
- Curatela – Decisão judicial que visa à proteção da pessoa maior de 18 anos, considerada incapaz para os atos da vida civil, em que se concede a determinada pessoa a obrigação de defender e administrar os seus bens. A curatela não é obrigatória para que a pessoa acesse o BPC e deve ser utilizada apenas em casos de real necessidade. O representante legal (nos casos de guarda, tutela, curatela ou de procuração) deve firmar, perante o INSS, um termo de responsabilidade mediante o qual se compromete a comunicar qualquer situação que possa anular a procuração, tutela ou curatela, principalmente quando ocorrer óbito do beneficiário, sob pena de incorrer nas sanções criminais e civis cabíveis.

Como o requerente é comunicado sobre a concessão ou indeferimento do BPC?

O INSS envia uma carta ao requerente, informando se o benefício foi concedido ou indeferido. Informa também quando e em que agência bancária o beneficiário receberá o pagamento referente ao BPC.

Quando o BPC é indeferido?

O BPC é indeferido quando o (a) requerente não atende aos critérios de acesso ao benefício, o mesmo será indeferido.

Em que situação cabe recurso e onde apresentá-lo?

O BPC é um direito reclamável. Portanto, em caso de indeferimento do benefício, o (a) requerente tem o direito de apresentar recurso à Junta de Recursos da Previdência Social, atentando para o prazo estabelecido de 30 (trinta dias), a contar do recebimento da carta que comunicou a decisão.

Como se dá a reavaliação ao direito do BPC?

Conforme determina o artigo 21 da LOAS, a cada 2 (dois) anos deve ser verificado se o (a) beneficiário (a) continua atendendo aos critérios para recebimento do BPC. A reavaliação do BPC consiste em verificar se as condições que deram origem ao benefício permanecem, ou seja, se os beneficiários (idoso e pessoa com deficiência) continuam apresentando renda mensal familiar per capita inferior a ¼ do salário mínimo. No caso da pessoa com deficiência, além da verificação da renda, há necessidade de nova avaliação médica e avaliação social para verificação do grau de impedimento, em razão de possíveis mudanças da situação da deficiência.

Quando o BPC é suspenso ou cessado?

BPC será suspenso ou cessado nos casos de superação das condições que lhe deram origem, se comprovada qualquer irregularidade na concessão ou manutenção do benefício ou em caso de morte do (a) beneficiário (a). O BPC, em hipótese alguma, pode ser transferido para outra pessoa. O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, dentre outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício da pessoa com deficiência.

Ocorre a suspensão do pagamento do BPC quando do ingresso do beneficiário no mercado de trabalho?

De acordo com a Lei 12.470, de 31/08/2011, se a pessoa com deficiência, beneficiária do BPC, exercer atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, o pagamento de seu benefício será suspenso. No entanto, se extinta a relação trabalhista ou a atividade empreendedora e quando encerrado o prazo de pagamento do seguro desemprego, se for o caso, e não tendo o beneficiário adquirido direito a qualquer beneficio previdenciário, poderá ser requerida a continuidade do pagamento do benefício suspenso. Para reativar o pagamento do benefício, a pessoa com deficiência deve apresentar requerimento junto à Agência do INSS e comprovar a cessação do contrato de trabalho ou da atividade desenvolvida. Para o restabelecimento do pagamento do BPC, o (a) beneficiário (a) com deficiência não será submetido a nova avaliação da deficiência e do grau de impedimento, respeitando o período de revisão previsto na legislação (de dois em dois anos).

Como o beneficiário do BPC que deseja solicitar desligamento voluntário do programa deverá proceder?

Para solicitar o desligamento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC, o beneficiário pode comparecer à Agência da Previdência Social – APS do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS onde o seu beneficio está mantido ou à Agência mais próxima de sua residência, bem como agendar o atendimento na APS, por meio da Central de Atendimento do INSS 135 (ligação gratuita), caso ele queira um conforto melhor com hora marcada. Ao comparecer a APS, o beneficiário deverá assinar um termo de desistência do benefício. É importante que o beneficiário informe ao INSS no ato de sua solicitação, o motivo da desistência.

Quais medidas serão adotadas em caso de irregularidades?

Em caso de constatação de qualquer irregularidade em relação ao BPC, cometida pelo (a) beneficiário (a) ou terceiros, o INSS adotará as medidas jurídicas necessárias para restituição dos valores recebidos indevidamente, sem prejuízo de outras penalidades legais. Qualquer pessoa que tenha conhecimento de alguma irregularidade no pagamento do BPCdeve: - Denunciar à Ouvidoria Geral do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS pelo telefone: 0800 707 2003 (Ligação Gratuita), ou pelositehttp://www.mds.gov.br/form_ouvidoria;
Comentários iniciais: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B  Fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

domingo, 10 de julho de 2016

Dificuldades para aprender - Síndrome de Down


Queria entender porque parece tão difícil aprender ???
Pesquisando na internet verifiquei que o desenvolvimento do sistema nervoso e sua maturação  são diferentes nas crianças Down.
O pesquisador  Wisniewski concluiu em seus estudo que até os cinco anos o cérebro das crianças com Síndrome de Down, encontra-se anatomicamente similar ao de outras crianças, apresentando apenas alterações de peso, essa alteração ocorre devido uma desaceleração do crescimento encefálico iniciado por volta dos três meses de idade.
Esta desaceleração é mais acentuadas em meninas, há algumas evidencias de que durante o último trimestre de gestação existe uma lentidão no processo da neurogênese ( Sequência de eventos que leva a formação do sistema nervoso ). Essas alterações de crescimentos e estruturação das redes neurais após o nascimento são mais evidentes e estas se acentuam com o passar do tempo.
Existem também alterações de hipocampo (estrutura localizada nos lobos temporais, considerada a principal sede da memória), e a partir do quinto mês de vida quando se inicia o processo de desaceleração do crescimento e desenvolvimento do sistema nervoso ocorre uma diminuição da população neuronal (SILVA, 2002, s.p.).Fonte
Essas alterações estruturais e funcionais do sistema nervoso, determinam algumas características como distúrbios de aprendizagem e desenvolvimento.
O processo de  aprendizagem depende de uma complexa integração dos processos neurológicos e da harmoniosa evolução de funções especificas como linguagem, percepção, esquema corporal, orientação espacial e lateralidade.
A maioria das crianças Down tem dificuldades de desenvolver estratégias espontâneas, como resolver problemas e encontrar soluções sozinhas.
Apesar dessas alterações, existe uma pesquisa sobre a importância da estimulação precoce. Ela faz totalmente a diferença !!!
Há diferenças significativas no desenvolvimento em função da educação e do ambiente a que estão submetidas essas crianças desde os primeiros anos de vida.
Feuerstein (1980), Mantoan (1997), Vygotsky (1998) e outros acreditam que o desenvolvimento cognitivo decorre da interação da criança com o ambiente. Sugerem a solicitação do meio como mediador da aprendizagem, visando a um desenvolvimento significativo. Fonte
Pesquisas mais antigas, como as de Coriat et al.(1968) já apontavam que a estimulação psicomotora influencia positivamente o desenvolvimento cognitivo da criança com SD. Os resultados evidenciavam que as crianças com SD do grupo de controle apresentaram QI médio de 62 e as crianças com SD que participaram das atividades psicomotoras apresentaram um QI médio de 82. Para os autores, o meio pode fazer a diferença.
Silva e Bolsanello (2000) investigaram crianças com SD entre quatro meses e quatro anos de idade, que participavam de atividades de estimulação, procurando avaliar as construções cognitivas no período sensório motor. Eles destacam um atraso de um ano a um ano e meio nas crianças, mesmo em estimulação.
As conclusões destacam que uma estimulação bem estruturada pode promover o desenvolvimento da criança com SD, minimizando suas dificuldades.
É importante lembrar que condições ambientais e familiares estão relacionadas com o desenvolvimento global do indivíduo e as interações vivenciadas podem promover a capacidade de interações do sistema nervoso em funções das experiências e das demandas ambientais (FERRARI et al, 2001). Isso pode ser verificado no estudo que relaciona motivação e competência em crianças com SD em idade escolar. Esse estudo verificou uma alta competência das crianças em resolver problemas cotidianos quando o ambiente familiar e escolar se mostrava acolhedor e promovia estimulação adequada das funções cognitivas (NICCOLS; ATKINSON; PEPLER, 2003).
Considerando a importante influência do meio, poderíamos citar Kaufman e Burden (2004), que avaliaram o efeito da mediação por meio do Programa de Enriquecimento Instrumental de Feuerstein, aplicado a 18 jovens com complexas dificuldades de aprendizagem, entre eles seis com SD. Os resultados mostram que, após um ano, os participantes foram muito além da média, mostrando autoconsciência nas mudanças de seu comportamento. Destacam que a efetiva mediação pode provocar melhor nível de desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

Bissoto (2005) defende que a ação educacional ou terapêutica adotada com os indivíduos com SD deve levar em consideração que existem necessidades educacionais próprias, que devem ser consideradas e respeitadas, para que se possa trabalhar adequadamente, estimulando e desenvolvendo o indivíduo com a Síndrome e que os profissionais relacionados possam compreender que existem processos de desenvolvimento particulares de cada indivíduo.
Todos têm habilidades e dificuldades, apenas precisamos conhecê-las e aprender a lidar com elas. Fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Jogos no Ipad que a Amanda adora !!!

Uma das grandes diferenças das crianças de hoje é a facilidade com que elas se adaptam a utilização de tecnologia. Com poucos anos já trabalham com tablets, controles, computadores de maneira muito rápida e acabam ensinando a nós que já temos uma certa idade.
Uma vantagem que vejo, naturalmente como tudo na vida devemos dosar para evitar que se utilize por muito tempo mas o uso de um tablet pode ser uma ferramenta muito útil para desenvolver a coordenação motora fina. Existem diversos aplicativos que podem ser baixados e que farão com que a criança desenvolva sua coordenação motora.O Aplicativo preferido no momento, (digo no momento, pois ela está constantemente mudando seus prediletos !!!) é a Barbie profissões.


Esse aplicativo é uma graça, e super fácil de brincar. A Amanda se diverte brincando de Chef !!! Faz pizzas, cupcakes e ainda por cima cuida do cachorrinho.
O Lúcio ensinou ela a brincar e não me disse nada, quando vi ela sozinha fazendo pizza e cupcake até chorei de emoção, uma fofa !!! Aqui ela tem que abrir a massa escolher os temperos assar as pizzas e bolos. Faz com que ela tenha que clicar, arrastar, escolher etc. O do cachorro ela tem que cuidar do bicho, escovar, enfeitar.

Como todos sabem em setembro estaremos realizando o desfralde e uma das mães do movimento down , falou sobre esse aplicativo, Pepi, achamos bem legal pois as crianças aprendem noções de higiene pessoal. Podem brincar de dar banho, escovar os dentes, lavar a roupinha e ajudar na hora de ir ao banheiro na hora de fazer o número 1 e 2 , inclusive a se limpar , papel no lixo e dar a descarga.
A Amanda gosta de brincar com esse aplicativo, as vezes o dedinho fica escorregando na tela e o sabonete fica caindo , devagar ela aprendeu a coordenar o dedinho e o que fazer em relação a boneca!!
Phone 4 Kids, é legal pois em um dos itens possui o alfabeto e ela vai repetindo as letras de acordo com o que ela digita. Em outra opção ela pode utilizar a tela como um pedaço de papel. A Amanda faz muitos desenhos coloridos, e o Lúcio fica escrevendo os números e as letras para identificar, contar e nomear as peças e cores.
Ou seja, é possível utilizar a tecnologia a nosso favor e utilizar como uma ferramenta de auxilio muito valioso no desenvolvimento de nossas crianças. Se souberem de mais algum aplicativo que seus filhos gostam podem comentar aqui, assim faremos com que mais ferramentas sejam de conhecimento de todos.
Obrigada Simone Santiago Marques

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Intolerância ao Glúten


O Glúten é composto da mistura das proteínas giliadina e glutenina e é encontrado nas sementes de diversos cereais como o trigo, a cevada, o centeio e a aveia.
Ele está presente na composição de diversos produtos industrializados como biscoitos, torradas, pães, bolos, massas, salgadinhos e até mesmo no sorvete.A Doença Celíaca é causada pela intolerância ao Glúten,  essa intolerância  é permanente.
" Estudos nos anos noventa indicaram que as crianças com Síndrome de Down possuem um risco mais alto de desenvolver Doença Celíaca (DC) do que a população geral. As razões para isso não estão completamente claras, mas as crianças com Síndrome de Down tem um risco maior de desenvolver doenças auto-imunes, como é o caso da Doença Celíaca. Estudos da Europa mostraram que a porcentagem de crianças com Síndrome de Down que tem DC variam de 7% a 16%. Um estudo americano (Costa Oriental) mostra 4 a 5% de crianças com Síndrome de Down que apresentam DC , mas quase todas eram Caucasianas, assim este grupo era principalmente de herança européia. Outro estudo americano feito no EUA (sudeste) encontrou 7% das crianças com Síndrome de Down positivas para DC. " Fonte
" De acordo com Nisihara (2007), vários estudos têm sido realizados dentro da medicina e mostram que os pacientes com Síndrome de Down apresentam várias disfunções imunológicas, fato este que os deixam acessíveis a uma maior freqüência de infecções recorrentes, assim como de doenças auto-imunes. Várias pesquisas já foram publicadas relatando alto grau de associação entre Síndrome de Down e doenças auto-imunes, principalmente Doença Celíaca (DC) e a tireoidite auto-imune. No entanto, no Brasil ainda não há relatos mostrando essa associação"  Fonte
A intolerância a Glúten  geralmente se  manifesta na infância, nos primeiros três anos de vida, quando começamos a introduzir cereais  na alimentação, a intolerância também pode ocorrer na idade adulta.
Segundo a Dra. Amanda Epifanio," É possível afirmar  que alguns fatores predispõem uma pessoa a tornar-se celíaca. O primeiro deles é a herança genética. A incidência em parentes de primeiro grau é de 30%, e a patologia tem uma incidência duas vezes maior nas mulheres que nos homens"
Existem pessoas que são hipersensíveis ao glúten, elas não têm doença celíaca,  mas o seu corpo tem dificuldade em quebrar o glúten e isso afeta a função normal do organismo.
Quando ingerido, o glúten, ao chegar ao intestino, estimula a produção de anticorpos, esses anticorpos atuam sobre as vilosidades do intestino, que se atrofiam e deixam de desempenhar corretamente a sua função de captação dos macro e micronutrientes, causa irritação na parede do intestino delgado, lesões e prejudica a absorção dos nutrientes, os nutrientes não absorvidos são eliminados com as fezes, e o organismo fica privado destes nutrientes básicos, tornando-se desnutrido com o passar do tempo.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, abaixo os mais comuns :
  • Diarréia , de três a quatro vezes ao dia, fezes em grande volume, odor desagradável.
  • Dor abdominal  tipo cólica e inchaço
  • Perda de peso
  • Anemia por deficiência de ferro e ácido fólico
  • Redução da massa mineral óssea
  • Flatulências
O ideal é sempre consultar um Médico para ter certeza do diagnóstico!
Opções 
  • Substituir o glúten por produtos derivados do milho,  farinha de milho, fubá, amido de milho, batata, fécula de batata, mandioca, farinha de mandioca , polvilho, arroz, como farinha de arroz e quinoa.  Existem também macarrão de quinoa ou de arroz.
  • Optar por legumes simples, frutas, carne, peixe, ovos e arroz. Esses alimentos são naturalmente sem glúten.
  • Sempre consultar os rótulos das embalagens, hoje a maioria delas já aparece sem glúten
O glúten não é um nutriente essencial para a saúde e a sua retirada da dieta não causa prejuízos. Ao retirar o glúten da dieta , os sintomas podem desaparecer em poucos dias ou semanas.
É possível encontrar pães, torradas, cookies, bolos, pães de mel, barras de cereal, granolas além de macarrão, massa de lasanha, pizza e panqueca, todos em Glúten, esses produtos são feitos com arroz, polvilho, fécula de batata, milho, soja, quinoa. Também está liberado a mandioca e o inhame.
Encontrei um site com diversos alimentos industrializados sem Glúten, segue alguns. A listagem completa clique aqui


Bebidas
Sucos e refrescos: Fleischman/Royal/Peixe/Gatorade/ Superbom/ Parmalat.
Bebida à base de soja: Soymilke, Soymilke Ômega, a linha de sucos com soja Soy Fruit., Ades (todos os sabores).

Farinhas
Arisco: amido de milho.
Sinhá: canjicas, cuscuz, fubás.
Farinhas de mandioca, soja e milho (fubá), polvilhos, araruta, sagú,etc.

Frios
Batavo: presunto, salsichas, salame, copa, lingüiça, paio.
Sadia: salsichas, presuntos, tender, bacon, lingüiças, copa, patês, salames, frango, peru temperado.
Perdigão: chester, copa presuntos, tender, salsichas, lingüiça, salames, bacon, hamburguer.

Yoki: pão de queijo.
Mineirinho: Pão de queijo.
Perdigão: pão de queijo.
Panco: sequilhinhos.

Vittafix: macarrão e farinhas, sem glúten
Nutriport: importados da Itália,
Glutafin: Fusilli, Lasanha, Tagliatelle.
Sobremesas e Doces
Batavo: Flan, Doremi, Dueta.
Cica: goiabadas, 2 em 1, Marron Glacê, gelatinas, frutas em calda, cereja ao marasquino e Claybom
Danone: Danette doce de leite, baunilha, Danly's baunilha com calda de caramelo, gelatinas, Flan Dan
Fleishman-Royal: gelatinas, flans, pudins de coco, caramelo, chocolate e manjar com calda de ameixa.
Karo: Coberturas para sorvetes (todos os sabores), açúcar de milho.
Nestlé: Chandelle: Chocolate; Chocolate Branco; Creme de Papaia com Cassis; Light; Sensação
Oderich: frutas em calda.
Otker: gelatinas, pudins e sagu.
Geléias: em geral não possuem glúten, mas leia a composição no rótulo e em caso de dúvida consulte o fabricante.

Batavo, Fleisman-Royal, Glória, Leco, Nestlé, Vigor, Lacesa.

Batavo, Glória, Leco, Vigor, Parmalat, Nestlé (Moça, Mocinha, Moça Fiesta)

Nestlé, Parmalat, Leco, Catupiry.

Kibon:Massa de coco, nata, flocos, brigadeiro, creme, abacaxi, morango, passas ao rum, doce de leite, salada de frutas, sundae de chocolate e morango. Picolé de abacaxi, coco, manga, maracujá, limão, kiwi, tangerina, uva, goiaba, caju, frutilly.

Chás, em geral.

Pães e Biscoitos


Massas


Creme de Leite


Leite Condensado


Requeijão


Sorvetes e Picolés


Nestlé:Ninho Soleil: (pote 1 litro),Picolés Cremosos: Coco, Picolés Infantis: Abracadrabra; Chambinho Morango Vitaminado; Exagelado Framboesa e Limão; Fininho e Magrelo Abacaxi; Fininho e Magrelo Groselha, Picolés La Frutta: Abacaxi com Hortelã; Limão; Uva

Chocolates e Achocolatados

Nestlé: Chocolate em Pó Solúvel Nestlé , Kinder em barrinhas e Kinder Ovo,

Suplemento Nutricional

Nestlé:Nutren Active: Banana; Baunilha; Chocolate; Morango, Sustare: Baunilha; Chocolate; Morango.

Não deve ser nada fácil seguir uma dieta sem Glúten, a nossa Amandinha não tem intolerância ao Glúten.

Beijos Simone Santiago Marques