quarta-feira, 29 de junho de 2016

Mitos sobre Síndrome de Down


Apesar dos grandes avanços em relação ao estudo e compreensão da síndrome de Down, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre ela.
Mesmo a presença de mais pessoas com Down em escolas, ambientes de trabalho e social, idéias antiquadas e desatualizadas sobre a condição ainda circulam entre as pessoas.
Abaixo alguns mitos:
  • As crianças com Down são mais boazinhas que as outras.
Não é verdade. Muitas crianças com a síndrome são incentivadas a sorrir e a abraçar as pessoas.Muitos indivíduos são mais simpáticos que outros.
  • A maioria das crianças com síndrome de Down nasce de mulheres mais velhas.
Não é verdade. Apesar de as chances de gerar um bebê com Down serem maiores à medida em que a mulher envelhece, principalmente a partir dos 35 anos, cerca de 80% dos que nascem com a trissomia 21 são filhos de mulheres mais jovens. Isto seria explicado por uma combinação de fatores como o maior índice de natalidade das mulheres mais jovens e por elas não fazerem com tanta frequência a amniocentese, exame que pode detectar a possibilidade de o bebê ter a trissomia 21.
  • A síndrome de Down é uma doença.
Não é verdade. As pessoas que nascem com a trissomia 21 não são doentes, nem vítimas e nem "sofrem" desta condição. O certo é dizer que a pessoa "nasceu" ou "têm" síndrome de Down.
  • As pessoas que nascem com a síndrome de Down morrem cedo.
Não. Cardiopatias congênitas não diagnosticadas no passado, e que afetam um em cada três bebês que nascem com Down, além de uma tendência à baixa imunidade e problemas respiratórios eram a principal causa da morte prematura das pessoas que nasciam com a trissomia 21. Hoje, graças à medicina moderna aliada a atenção dos pais, os portadores da síndrome têm uma expectativa média de vida de, pelo menos, 60 ou 70 anos.
  • Uma pessoa que nasce com Down é incapaz de andar, comer e se vestir sozinha?
Não. Apesar de muitas pessoas com síndrome de Down viverem sozinhas e levarem uma vida semi-independente, ainda há médicos que anunciam, assim, para os pais, a chegada de uma criança com Down.
  • Os portadores da Síndrome de Down podem ter relacionamentos?
Eles são perfeitamente capazes de formar todos os tipos de relacionamentos em suas vidas, seja de amizade, amor ou de antipatizar com alguém.
  • É verdade que a síndrome de Down é mais comum entre brancos?
Não, esta anomalia genética atinge igualmente a brancos, negros e asiáticos.
  • Homens e mulheres com síndrome de Down podem ter filhos?
Podem, sim. Há muitos registros de mulheres com Down que tiveram filhos e, nesse caso, as chances de terem filhos com trissomia 21 é de 35% a 50% maior. Há dois casos registrados de homens com Down que se tornaram pai. Mas as informações sobre a fertilidade deste grupo é muito desatualizada pois é baseada em pesquisas em instituições onde homens e mulheres com Down eram mantidos separados uns dos outros.
  • Todas as pessoas com síndrome de Down vão desenvolver o mal de Alzheimer?
Não. Apesar de muitos apresentarem sinais de demência a partir dos 40 anos, isso não é inevitável. Os estudos indicam que o índice de demência entre os que nascem com Down é o mesmo do que no resto da população mas acontece 20 ou 30 anos mais cedo.
Amandinha nossa amada  faz  do nosso mundo um lugar melhor.!!!!  
Beijos  Simone Santiago Marques

sábado, 25 de junho de 2016

Amandinha feliz dançando quadrilha !!!


Pensa na Amanda faceira, feliz, dando tchau para todo mundo .
Ela aproveitou muito e foi o o assunto da festa.
Editei o vídeo com outra música, não fui capaz de adicionar a música original .


Beijos  Simone Santiago Marques

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Arraial do Integral !!!



Quem gosta de festa junina ?  Eu !!! Amanda responde mais do que rápido !!
Este ano a festa junina do colégio está sendo só para os alunos, um mês inteiro para comemorar, como as festas de polaco.
Durante este mês eles abusaram do cardápio junino, pinhão, pipoca, bolo de milho e muito mais!!
Começou no início do mês com a decoração da escola, se prepararam para a dança , contaram causos, contos e também teve muita brincadeira
A Dança da  Amandinha vai ser na sexta-feira, mas quem estivesse com vontade já podia colocar o vestido de prenda durante toda a semana.
Amada amou ir de vestido, fica se olhando  no espelho em casa e na escola também, se achando linda e maravilhosa, ainda mais que fiz uma maquilagem junina !!
Depois conto como foi a dança.
Beijos e vamos aproveitar as festas juninas !!!  Simone Santiago Marques

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Bolo de milho cremoso - Uma Delícia


Uma amiga da escola da Amanda me passou essa receita deliciosa !!! Então compartilho com vocês , nada como um bolo de milho para comemorar à festa Junina !!!

INGREDIENTES

  • 1 lata de milho verde com água e tudo
  • 1/2 lata da mesma de óleo
  • 1 lata da mesma de açúcar
  • 1 lata de leite
  • 1 lata de farinha de milho ( Kimilho)
  • 3 ovos
  • 1 vidro de leite de coco
  • 1 pacote de coco ralado
  • 1 pacote de queijo ralado
  • 1 colher chá de fermento em pó

MODO DE PREPARO

  1. Bata bastante todos os ingredientes no liquidificador
  2. Untadar e enfarinhadar  forma com a mesma farinha kimilho
  3. O bolo fica líquido e depois de pronto bem cremoso,  uma delicia!
  4. Leve ao forno preaquecido a 180ºC por, aproximadamente, 40 minutos
Bom Apetite !  Beijos  Simone Santiago Marques

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Papa Francisco - Coroinhas com Síndrome de Down


O Papa Francisco presidiu uma missa neste domingo para os enfermos e pessoas com deficiência, dentro das atividades do Jubileu da Misericórdia.
E nosso querido Papa fez uma escolha muito especial: ele quer ter jovens com síndrome de Down como seus coroinhas e leitores nessa missa. Outras pessoas com diversas deficiências também auxiliarão o Pontífice nessa missa especial.
Um diácono surdo da Alemanha participará celebração; além disso, uma das leituras será feita em Braille por uma jovem cega. A oração dos fiéis contará com a participação de pessoas com diversas deficiências e doenças também.
Todas as leituras serão traduzidas em Linguagem de Sinais para os fiéis surdos.
E para tornar a celebração mais especial ainda, pela primeira vez no Vaticano o Evangelho será encenado, também por pessoas com deficiência.
Durante a comunhão, o coral da Capela Sistina será acompanhado pelo “Amoris Laetitia”, um coral que se apresenta usando a linguagem de sinais.
Esta missa  realmente foi emocionante. Fonte
Beijos   Simone Santiago Marques

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Problemas com a Tireoide - Sintomas

tireoide

Hoje vamos falar sobre a tireoide, a Amanda tem Hipotiroidismo é importante o diagnóstico precoce para que seja tratado corretamente.
A tireoide é uma glândula parecida com uma borboleta, fica localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.
Ela regula uma série de funções importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).
Quando ela não funciona corretamente, pode liberar hormônios em  menor quantidade, causando o hipotireoidismo,  ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo.
Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio.
Abaixo uma listagem de dicas importantes sobre essa glândula:
1 – Ela atua no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.
2 – Quando ocorre o hipotireoidismo, o coração bate mais devagar, o intestino não funciona corretamente e o crescimento pode ficar comprometido.
3 – Diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, aumento dos níveis de colesterol no sangue também são sintomas de hipotireoidismo.
4 – No caso de hipertireoidismo, que geralmente causa emagrecimento, o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sente-se com muita energia, embora também esteja cansada.
5 – Problemas na tireoide podem acontecer em qualquer etapa da vida .
6 – Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo, é importante a realização do  Teste do Pezinho para o diagnóstico. Fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Entrevista com Dr Zan Mustacchi

zan
O que fez um garoto, filho de imigrantes egípcios, sonhar em tornar-se um médico geneticista e pediatra, hoje referência quando o assunto é Síndrome de Down? “As oportunidades”, diz Zan Mustacchi. Ainda menino, há mais de 55 anos, Zan mudou-se para o Brasil com a família, onde se formou, constituiu família e se firmou na profissão.
Entre outros títulos e atividades, Mustacchi é doutor e mestre pela Universidade de São Paulo; responsável pelo Ambulatório de Genética do Hospital Infantil Darcy Vargas; diretor clínico do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo; membro da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down; do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Pediatria, membro do Departamento Científico de Genética da Sociedade de Pediatria de São Paulo e do Down Syndrome Medical Interest Group e presidente do Instituto Ibero-Americano de Pesquisas e Diretrizes de Atenção à Síndrome de Down, além de ser autor dos livros livros “Síndrome de Down – Aspectos Clínicos e Odontológicos”, “Genética Baseada em Evidências – Síndromes e Heranas”, “Tocando no Futuro, Ensinando Genética”, “Guia do Bebê com Síndrome de Down”, entre outros capítulos em livros de diversas especialidades.
Março, no calendário, é o mês dedicado à Síndrome de Down. Nesta edição de abril, MercNews traz entrevista com Dr. Zan, para falar sobre os aspectos médicos e sociais do tema em pauta.
Por Marianna Fanti
MercNews – O que levou um menino imigrante sonhar em se tornar médico?
Zan Mustacchi – Para que qualquer um de nós tenhamos nossa profissão, desde presidente da República até o faxineiro, a palavra-chave para todo mundo é oportunidade. Então sou médico porque tive a oportunidade.
MN – Com quase 40 anos de profissão, como descreveria essas crianças especiais a quem dedicou quase toda sua vida? 
ZM – Diria que são crianças que apresentam um comprometimento que afeta seu desenvolvimento intelectual e ou físico. Síndrome de Down é a cromossomopatia mais frequente entre a população humana.
MN – Quando e por que se interessou por pacientes com Síndrome de Down? 
ZM – Na verdade foi quando comecei a fazer residência médica e tive a oportunidade de atender uma criança severamente comprometida. Na época eu fazia residência no primeiro hospital com UTI pediátrica da América do Sul. Essa criança não estava na UTI, mas, merecia estar, então recorri ao chefe da UTI. Era um final de semana prolongado, hospital com capacidade para 280 leitos, lotado, e uma UTI com 15 leitos, dos quais 13 estavam ocupados, só havia duas vagas. Quando solicitei a vaga, o chefe da UTI foi ver a criança comigo para verificar se justificava o pedido. Ao ver a criança, sem nenhuma avaliação clínica, ou considerar minha avaliação prévia da indicação da UTI, ele olhou e disse: Zan, não vou conceder essa vaga. Eu perguntei o porquê e ele disse: porque a criança é mongolóide. Na época, há 40 anos, esse era o termo usado. Eu respondi: mas, Dr. essa criança vai falecer. E ele respondeu: eu tenho a função de te capacitar para atender qualquer condição de grande risco e favorecer a sobrevida de qualquer criança, então o meu papel é ensinar como você vai cuidar dessa criança, sem UTI. E na verdade o que eu fiz foi cuidar dessa criança. Ele me orientou da forma mais pertinente e me capacitou da melhor forma possível, mas, acabei perdendo essa criança depois de umas quatro horas, durante a madrugada. No dia seguinte voltei à UTI para falar com o colega, e ele disse: Você não vai assinar o atestado (de óbito)? E eu disse: não, não consigo elaborar instrumentos para justificar esse óbito. Então ele respondeu: vou te ensinar, é assim, assim, assim, etc. E foi me caracterizando as justificativas. Olhei para o lado e vi que os dois leitos continuavam vazios e foi nesse momento que aprendi uma coisa muito importante: as crianças com Síndrome de Down, sobre as quais tínhamos aprendido que não era para fazer nada porque morriam cedo, nem sequer tinham a oportunidade de experimentar tratamentos para ver se sobreviveriam. Hoje, particularmente, acredito que aquela criança não tinha mesmo condições de ter sobrevivido, ainda se tivesse tido a oportunidade, mas oportunidade ela não teve e talvez esse tenha sido o gatilho que definiu minha atenção para esse grupo de pessoas. Depois disso, tive a oportunidade de estagiar na França, com o professor Jérôme Lejeune, médico e geneticista que, em 1959, caracterizando a população que tinha um diagnóstico de mongolismo – chamado de idiotia mongoloide – até então, retirou esse nome, rebatizando como Síndrome de Down, em homenagem a John Langdon Haydon Down que, em 1866, caracterizou esse fenótipo. Portanto, de 1959 para cá não é mais mongolismo, é Síndrome de Down. E eu fui o único brasileiro que teve oportunidade de estar ao lado de Jérôme Lejeune. Acho que essa foi outra oportunidade que construiu meu direcionamento.
MN – Ao logo de sua carreira, o senhor encontrou empecilhos por lidar com pacientes com limitações? Quais?
ZM – Acho que a palavra empecilho é muito pesada, mas, encontrei dificuldades, sem dúvida nenhuma. A primeira foi a negativa naquela UTI; a segunda foi a resistência às cirurgias cardíacas, o que fez com que um grupo de médicos novos e arrojados decidisse investir e levar cirurgia a essas crianças, mesmo naquela época, quando nem o grande chefe das cirurgias cardíacas aprovava esse tipo de cirurgia em crianças com Síndrome de Down. Mas nós investimos nisso, conseguimos conquistar espaço e mostrar, em um intervalo de cinco anos, excelentes resultados. Sem dúvida, nos dois primeiros anos tivemos muitas perdas, mas conseguimos um crescimento e uma melhora muito grande na atenção. E conseguimos padrões de cuidados para cardiopatias congênitas na população com Down, o que fez com que também o Governo do Estado de São Paulo investisse em imunizações primárias, configurando a importância de que se essas pessoas tivessem imunizações mais amplas e preventivas reduziria os custos de complicações e internações, melhorando a qualidade de vida e sobrevida dessas pessoas, por meio da criação da Secretaria de Pessoas com Deficiência.
MN – Em que momento da sua carreira confrontou o sonho de tudo aquilo que sonhou como médico, com a realidade dos pacientes que trata?
ZM – Vejo que sonhos são ideias, projetos, intenções e que claramente são conseguidos. Quando elaboro aquilo que a sociedade chama de sonho, no meu ponto de vista já tenho como pressuposto a possibilidade de atingi-lo; sendo assim, não é um sonho, é um objetivo. Eu costumo dizer que o possível todo mundo faz, nós temos que fazer o impossível e a gente faz.
MN – Comente sobre a dificuldade em dar a notícia aos pais de uma criança com Síndrome de Down.
ZM – Dar a notícia sobre o nascimento de uma criança com Síndrome de Down é uma resposta que com certeza não tem como ser agradável, porque você vai dar uma notícia de conceito emocional previamente construído, que está desabando. Costumo dizer que ter filhos é eternizar o nosso DNA, e quando quero eternizar meu DNA tenho a intenção de aperfeiçoá-lo e fazer tudo de melhor para o meu filho, dar tudo o que eu não tive. Porém, a informação que é dada hoje para o indivíduo, sobre o filho dele ter Síndrome de Down, é completamente diferente da informação dada àquela família, há 15, 20 anos. Voltando à questão, eu não consigo traduzir esse momento como um modelo agradável, feliz, mas eu posso amenizar o estresse, a dor e a surpresa. Eu posso amenizar a sensação de perda, caracterizando e avaliando essa criança junto, e ao lado dos pais, mostrando a eles no momento do diagnóstico que o bebê é uma criança como qualquer outra, que mama, tosse, ri, chora, enfim, faz tudo que qualquer oura faz. Então, se essas crianças tiverem oportunidades, certamente elas desenvolverão potenciais. Então, temos que levar as oportunidades até o indivíduo com Síndrome de Down, diferente de nós – ditos comuns -, que vamos atrás das oportunidades.
MN – Quais as principais dificuldades enfrentadas pelos pais de crianças com Síndrome de Down? 
ZM – A primeira dificuldade é intrínseca de entender que eles receberam um filho diferente do que esperavam, que terão um trabalho diferente, e terão que se organizar dentro de um modelo de vida um pouco diferente do que a expectativa primária. Quando o filho vira um individuo não comum, com Síndrome de Down, ele terá situações de necessidades especiais, acolhimento, estímulos específicos, necessidade de uma atenção à saúde mais rigorosa, porque, neste caso, não posso deixar a coisa acontecer. Então tenho que fazer uma prevenção, uma imunização, um projeto nutricional muito bem estipulado, falar sobre a importância do aleitamento materno, mas enfatizar tudo isso de forma mais clara em relação à criança com Síndrome de Down, caracterizar que ela terá dificuldades que podem ser sanadas e modeladas. Por exemplo, aprendemos no colegial o que é matriz, na matemática, mas, você saber fazer uma? Eu também não. Só aprendi para fazer o vestibular, e mesmo assim perdi quatro horas para aprender, para cair uma única pergunta, que eu errei. Então ficou claro para mim, hoje, que matriz não serve para nada, exceto para quem vai fazer algo muito específico, que necessite dessa possibilidade, apesar que hoje tenho computadores que podem me favorecer sem eu ter que fazer esse cálculo a lápis. Então, o instrumento facilitador tem que ser usado no indivíduo com Síndrome de Down. Ele tem que ter o direito de levar uma calculadora, não acho que ele tenha que saber a tabuada, ou quem descobriu o Brasil, ou os EUA. Para que adianta saber tudo isso? Isso influi na sua sobrevida ou qualidade de vida? No seu dia a dia para que serve a fração? Você precisa saber o que é 1/2, 1/4, e talvez 3/4, tendo o cuidado de ensinar que um quarto também pode ser um dormitório e três quartos também. Fora isso, o terço só é usado na igreja. Também não precisa aprender 1/8, porque não vai chegar na pizzaria e pedir 1/8 de pizza, que corresponde a um pedaço. Então, tenho que saber ensinar meu aluno, que tem comprometimento das habilidades intelectuais, qual é o melhor instrumento para ele aprender aquilo. Aí consigo resultados excelentes.
MN – Como vê a educação em escolas regulares e especiais?
ZM – Acho excelente. Em primeiro plano porque as pessoas comuns, que convivem com um indivíduo diferente em sala de aula vão aprender muito, principalmente aquilo que nós não aprendemos. Eu fiz escola pública e não lembro de um indivíduo deficiente ou negro em sala de aula, a não ser no final do curso, no ginásio, quando tive um amigo negro que me marcou por dizer que queria fazer Agulhas Negras, e certamente o fez. Então, em primeiro lugar, quem aprende é o aluno comum. Em segundo lugar, o indivíduo com comprometimento terá oportunidade de se capacitar melhor. E a esse indivíduo com comprometimento intelectual não posso cobrar em momento nenhum o conteúdo programático igual ao individuo comum, mas preciso dar oportunidades de ele entender, de forma paralela e bem orientada, o conteúdo programático. Isso significa que ele vai entender a diferença entre uma fração e um pedaço, mas ele não precisa entender o que é 1/3, 1/8, muito menos 1/11 avos ou 1/12 avos, e porque não existe 1/9 avos ou 1/10 avos, porque isso causa uma desorganização até no entendimento primário do aluno comum.
MN – Cite os principais cuidados que uma criança com Síndrome de Down requer, em comparação a uma criança comum.
ZM – Além dos cuidados primários que temos que ter com qualquer criança, em qualquer lugar do planeta, esse indivíduo tem que ter cuidados dirigidos à imunização, aleitamento materno, aspecto cardiológico, controle da função cardíaca, controle da tireoide, controle mais rigoroso da audição e visão, e seguir as diretrizes do Ministério da Saúde de 2012, que orienta as pessoas com Síndrome de Down. Seguindo essas diretrizes, esse indivíduo terá uma excelente qualidade de vida.
MN – Quais são as doenças que mais acometem esses indivíduos?
ZM – Os comprometimentos clínicos que mais se expressam em indivíduos com Síndrome de Down são cardiopatia congênita, disfunção da tireoide, disfunções relacionadas à audição, visão, diabetes, alterações da absorção alimentar, já que o ritmo nutricional dele tem que ser muito bem elaborado porque ele costuma ter o intestino um pouco mais longo, tendência à obesidade, além do comprometimento intelectual, que tem que ser muito bem acompanhado.
MN – Com vê o tratamento multidisciplinar – fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional – aplicado nessas crianças?
ZM – Vejo que o indivíduo deve ter oportunidade de fazer fisioterapia, terapia ocupacional, mas em meio a uma população com 204 milhões de habitantes, onde temos pelo menos 350 mil indivíduos com Síndrome de Down, a população dos profissionais da estimulação não consegue dar cobertura a mais do que 5% dessa população, de tal forma que eu diria que pelo menos 90% da população com Síndrome de Down não tem acesso a esse profissional, considerando redes pública e privada. Além do mais, esses estímulos são bons, mas não são absolutamente necessários. Mas eu diria que nutrição e imunização estão na base desse alicerce.
MN – Qual a expectativa de vida hoje de indivíduos com Síndrome de Down?
ZM – É correto dizermos que a expectativa de um indivíduo comum hoje está entre 75 a 85 anos, enquanto que a expectativa de uma pessoa com Síndrome de Down está entre 60 e 70 anos. Então, concordo plenamente em dizer que as expectativas estão muito próximas, mas não são iguais. Por outro lado, há 15 anos a expectativa de pessoas comuns era de 60 a 70 anos, enquanto dos Downs era de 25 a 30. Ou seja, ao longo de dez anos, pessoas comuns ganharam dez anos, enquanto indivíduos com Síndrome de Down dobraram sua expectativa de vida.
MN – Existe certa negação por parte de algumas famílias em aceitar as limitações dos indivíduos com Síndrome de Down?
ZM – Não diria que existe uma negação, diria que existe um despreparo e uma desinformação com relação às perspectivas, o que gera uma condição de temor daquilo que pode ser oferecido, e seus resultados. Eu acompanho uma série de Downs que trabalha, enquanto vejo 80% da população de uma cidade que não trabalha, e ganha sem fazer nada.
MN – Como lidar com essa síndrome em diferentes níveis sociais? 
ZM –Informando a população de todos níveis sociais de tudo aquilo que os Downs podem fazer, sem precisar desses profissionais. Hoje entendo que a primeira porta de sustentabilidade de um povo é a nutrição, e a segunda é a educação. Com nutrição e educação consigo uma saúde melhor, com menor custo. Quando falo em nutrição não falo no programa Fome Zero, do Governo Federal. Porque quem faz uma nutrição errada, não nutre o cérebro, sempre digo o seguinte: se déssemos uma bolacha à base de farinha de trigo ou grão-de-bico, sardinha e ovo, nós teríamos um povo alimentado e nutrido intelectualmente. O que eu não consigo entender é porque isso não foi feito. A intenção talvez seja maquiavélica.
MN – Qual principal lição de vida que aprendeu convivendo com essas crianças e famílias?
ZM – A coisa mais importante é a oportunidade, e a segunda é acreditar.
MN – Qual seu maior sonho/objetivo profissional? 
ZM –Essa, talvez seja a chama que inflama nossa vida, a vontade de fazer cada vez mais. É uma chama interna. Meu objetivo é fazer com que a população como um todo, mas especificamente a população com a qual eu trabalho tenha melhores qualidades, a partir de oportunidades direcionadas e lapidadas.
MN – O senhor diria que a dificuldade maior está em lidar com as crianças ou com os anseios e medos dos pais?
ZM – Acho que a dificuldade maior é lidar com a sociedade como um todo, com a pequena desinformação que ainda existe. Mas acho que ela é mutável, e modelável.
MN – Qual mensagem deixaria aos pais de crianças com Síndrome de Down?
ZM – Acreditem!   Fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

domingo, 5 de junho de 2016

Amanda sem mais um dente !!!

Já fazia algum tempo que a fada dos dentes não nos visitava. Ontem caiu o incisivo lateral direito da  Amanda . São tantos nomes que tenho certeza que você está pensando que dente é esse ? De uma olhada na figura abaixo
dentes

Quantos e quando devem nascer os dentes permanentes?

A dentição permanente é formada por 32 dentes.  16 dentes na arcada superior e 16 dentes na arcada inferior. Fonte
A cronologia da erupção dos dentes permanentes segue a seguinte sequência:
- 1º molar inferior: 6-7 anos;
- 1º molar superior: 6-7 anos;
- incisivo central inferior: 6-7 anos;
- incisivo lateral inferior: 7-8 anos;
- incisivo central superior: 7-8 anos;
incisivo lateral superior: 8-9 anos;
- canino inferior: 9-10 anos;
- 1º pré-molar superior: 10-11 anos;
- 1º pré-molar inferior: 10-12 anos;
- 2º pré-molar superior: 10-12 anos;
- 2º pré-molar inferior: 11-12 anos;
- canino superior: 11-12 anos;
- 2º molar inferior: 11-13 anos;
- 2º molar superior: 12-13 anos;
- 3º molar ou dente do siso superior e inferior: 18-25 anos.
dentes
A Amandinha vai fazer oito anos em outubro, e conforme acima este dente deveria cair entre 8 e 9 anos, cada criança é uma, então com certeza as variações são grandes.
Sabe-se que a erupção dos dentes permanentes nas meninas é mais precoce que nos meninos, havendo em alguns casos, diferenças acentuadas.
Fomos tentar realizar uma tomada radiográfica para verificar os espaços para os dentes e quem disse que a Srta Amanda deixou ?? De jeito nenhum, foi um sufoco e nada !!!
O ideal é sempre consultar o seu dentista, em caso de dúvidas.
Beijos   Simone Santiago Marques

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Desfralde do Cocô, Socorro !!!

coco
O cocô é uma produção, algo que “nasce” da gente, não é uma excreção como o xixi. A criança precisa se sentir segura para mudar a forma de fazer cocô — e uma das coisas que pode dar esta segurança é o local onde ela está, ter o pé no chão, entre outras… Por isso o desfralde é mais difícil e não devemos ficar nervosos nem perder a paciência.
Antes a Amanda não se incomodava com o cocô, fazia na calcinha e sentava em cima !!!
Encontrei na internet essas dicas :

Avisa que FEZ

Uma grande mudança porque até esse momento a criança não se incomoda com a fralda suja. Se ela não tem essa consciência ainda não é momento do desfralde. Algumas crianças podem até querer tirar as fraldas quando percebem que elas estão molhadas ou sujas e isso pode já ser um sinal de que ela está preparada para a próxima fase, mas não que ela saiba controlar as suas eliminações. fonte
A fase que estamos agora que as vezes ela avisa que fez, o cocô está incomodando, acabou de fazer já têm que tirar, o problema é que se nos distraímos ela mesma quer tirar a calcinha , o cocô cai no chão, ela pisa e o estrago está feito !!!
Agora fico de olho,  na maioria das vezes o cocô é a noite, um dia sim outro não, no dia sim , não deixo ela brincar no quarto sozinha, o problema é quando ela come demais , o cocô inesperado aparece, e se ela estiver no quarto , sobe na cama , suja os brinquedos, socorro !!!
Já conversei com ela e pedi, " Filha fez cocô avisa a Mamãe, por favor ".
Ontem pela primeira vez fez cocô no penico, praticamente sozinha, a irmã estava supervisionando e eu lavando a louça, a Camila veio correndo, Mãe ela fez!!!
Acho que o desfralde do cocô é o mais complicado e demorado, devemos ter muita paciência.
Outras dicas abaixo :

Avisa que ESTÁ FAZENDO

Agora a criança começa a perceber que algo diferente está acontecendo. Começa a ter a sensação das suas passagens pelo reto ou pela uretra, mas não consegue ainda conter ou reter. Em grande parte dos casos, a criança escolhe um cantinho, senta ou se agacha, olha para os pais com carinha de “tô fazendo” e começa a se incomodar quando terminou, quase que exigindo ser limpa.

Avisa que QUER FAZER

Depois de algum tempo, individual para cada criança, começa a ocorrer uma evolução. Nessa fase, a criança começa a ter o controle e consegue segurar as fezes e a urina.
A Àguida me indicou um livrinho  Cocô no trono - Benoit  Charlat
coco no trono
Cocô no trono é um livro bem legal. As figuras são grande, em páginas reforçadas e bem coloridas, um pintinho tira sarro de vários bichos que já aprenderam a sentar no trono - e que fazem cada um sua "espécie" de cocô. Mas, ao final, ele também apresenta sua performance (aprende a usar a privada sozinho), e para completar ainda toca a descarga, tarefa que cabe ao leitor desempenhar, apertando um botão sonoro.
Boa sorte para nós então !!!  Beijos   Simone Santiago Marques