A Amanda
roncava muito ao dormir, quando estava acordada o nariz estava sempre
escorregando (Como dizia a Camila). Com o Nariz obstruído a boca ficava
aberta o tempo todo, ela não conseguia respirar pelo nariz. Precisávamos descobrir o que poderia ser feito
para melhorar esse quadro. A Pediatra nos indicou o Dr Lauro João Lobo Alcântara. A especialidade dele é
Otorrinolaringologista trabalha na Clinica COPEC e é chefe do setor de
Otorinopediatria do Hospital Pequeno Príncipe. Fanático pelo Atlético Paranaense,
o consultório dele e todo vermelho e preto e para realizar a cirurgia opera com
uma touca do atlético!!
Adenóide é um órgão linfoide (órgão de defesa)
responsável em produzir anticorpos contra as infecções das vias aéreas
respiratórias, ela cerca as cavidades nasais e bucais para a garganta, estando
localizada na parede posterior da nasofaringe, região que serve como passagem
do fluxo aéreo nasal, caixa de ressonância na fala e é o local de abertura das
tubas auditivas.( Fonte )
A Adenóide se desenvolve com maior intensidade entre os 2
e os 7 anos aproximadamente. As vezes é necessário retirar a Adenoide e tem dois motivos principais que faz com que as vezes devemos retirar:
1. Por fatores obstrutivos: quando se torna
muito grande, pode causar sensação de nariz tampado na criança, gerando roncos,
e respiração oral
2. Por fatores infecciosos: mesmo quando não é
muito aumentada, pode funcionar como um reservatório crônico de bactérias,
gerando infecções de repetição na criança ou infecção crônica, o que faz a
criança estar sempre “encatarrada”, ou com tosse crônica.
Como podemos ver através da explicação acima a
Amanda estava com os dois problemas, nessa época ela estava com seis meses.
Dr. Lauro solicitou uma Radiografia de perfil, ou
RX de Cavum, este exame diagnostica o aumento de adenóides , a hipertrofia das
adenóides reduz o espaço por onde o ar, que entra pelo nariz, passa para a
faringe, laringe e traqueia. Isso faz com a as crianças respirem pela boca,
adotando uma postura clássica de respirador bucal. A obstrução da passagem de
ar no caso da Amanda foi de 80%. Então
ela realmente precisava realizar a cirurgia. Nesta época a Amanda realizava acompanhamento com o cardiologista Julian Arango Gutierrez, o Dr. Lauro solicitou a autorização do Dr. Julian para realizar o procedimento, a CIA da Amanda já estava regredindo e não havia perigo ao se submeter a cirurgia. vamos falar sobre a CIA no próximo post.
A adenóide pode também atrapalhar o
funcionamento adequado dos ouvidos na medida em que ela pode entupir a tuba
auditiva, que comunica o nariz com os ouvidos. Nestes casos podem ocorrer
sintomas auditivos: diminuição da audição (percebido por volume da televisão
alta, mau desenvolvimento escolar, atraso no desenvolvimento da fala), acúmulo
de secreção nos ouvidos e otites.
Crianças que roncam, abrem aboca para dormir, babam no travesseiro, têm sono agitado, rodam de um lado para o outro na cama. O problema também afeta a harmonia facial, a musculatura fica flácida ( boca aberta olhos caídos) e a arcada modificada ( dentes tortos). Crianças com tosse crônica, que estão sempre com catarro no nariz, com " sinusites" de repetição ou " sinusite Crônica", que têm que usar antibióticos de repetição também podem ser candidatas para a cirurgia.
A Amanda foi a primeira paciente do Dr Lauro a
operar a adenóide com 6 meses, a adenóide é removida durante a cirurgia (sob
anestesia geral), A criança dorme e não vê e nem sente nada. O procedimento é
rápido e dura no máximo 1 hora (contando o tempo de anestesiar a criança, fazer
a cirurgia e acordar o paciente). Existem duas técnicas que podem ser
utilizadas: a técnica convencional é realizada com curetas que promovem uma
“raspagem” das adenóides. Nos últimos anos, o uso do endoscópio e do
microdebridador nestas cirurgias vem sendo mais difundido: o médico posiciona
uma câmera pela boca da criança de forma a visualizar toda a adenóide que fica
atrás do nariz acima do céu da boca. Com o microdebridador, a adenóide é
triturada e aspirada. A vantagem dessa técnica é que todo o procedimento é
observado na tela da televisão, de forma que há um grande controle de todo o
tecido que está sendo removido, assim como controle das estruturas adjacentes.
Independente da técnica, a criança não sente dor.
Não foi fácil tomarmos a decisão de realizar a
cirurgia, já que ela era tão pequena,e o Dr Lauro nunca havia realizado o
procedimento em bebês com menos de 8 meses, mas foi a melhor coisa para ela. O procedimento é rápido internamos de manhã, realiza a cirurgia e a tarde vamos para casa. Na
mesma noite já percebemos a melhora do sono da Amanda, ela estava
realmente respirando melhor, antes estava sempre doentinha , depois da cirurgia
às infecções de repetição sumiram e o processo inflamatório no nariz acabou e
o catarro, não existia mais. O sono ruim
interfere inclusive no crescimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário